Maioria dos brasileiros quer gastar no máximo R$150 reais no Dia das Crianças
Data não contará com impulso do auxílio emergencial como no ano passado

O Dia das Crianças traz expectativa alta para lojistas do ramo neste dia 12 de outubro.
Segundo um levantamento da consultoria Score, 61% dos consumidores estão otimistas com a data e que em 2021 a comemoração serão melhor que em 2020, com 50% dos entrevistados planejando gastar entre 50% e 150% reais para comprar presentes na data.
32% dos participantes da pesquisa afirmam participar de ações sociais que doam brinquedos na data.
57% das pessoas afirmaram que pretendem comprar os presentes pela internet.
Brinquedos devem liderar a lista de presentes mais procurados, sendo escolhido por 43% dos entrevistados, seguidos por vestuário (28%) e jogos educativos com (26%).
A lista seguiu com livros (19%); kits de montar (18%); passeios a parques ou exposições (15%); jogos de tabuleiro (15%); produtos “faça você mesmo”, como quebra-cabeça, jogos de montar, pintar camisetas 15%); brinquedos menores que estão na moda, como slime, pop it, hand spinner, (14%); calçados (14%); games (12%); comestível (10%); brinquedos colecionáveis (10%); eletrônicos (9%); crédito em plataformas diversas como streaming, games (7%); produtos esportivos (7%); artesanato (3%); viagens [passagens e estadia] (3%), e RPGs (1%).O estudo ouviu 1.473 consumidores de todo o Brasil.
Rose Martins tem uma loja de brinquedos na rua Manoel Barata, em Belém, e conta estar preocupada com a data em 2021 já que, diferente de 2020, não há mais o auxílio emergencial para impulsionar o consumo das famílias.
Ela conta que independente de com as compras irão se desenrolar, o resultado seguirá bem abaixo dos bons números que ela observou em 2019.
"Os clientes que estão retornando não estão muito animados devido a alta dos preços que está afastando, esse preço elevado das coisas com esse problema da inflação alta, tudo subiu muito de preço. Os clientes reclamam. Coisas que vendíamos por 10 reais hoje em dia tá o dobro. Mas a gente tá na esperança. Eu já senti uma baixa muito grande. Ano passado a gente não pode nem comparar pois foi um ano atípico. devido ao auxílio as vendas foram acima do média. o brasileiro também tem uma mania de fazer tudo em cima da hora então ainda há uma esperança", afirma.
Por outro lado, o avanço da vacinação, em especial nos idosos, fez a procura pelas vendas em atacado aumentarem.
Rosa conta que eles são um público que costuma se engajar em ações sociais e campanhas solidárias tanto no Dia da Crianças quanto no Natal, com amplas compras de presentes para comunidades carentes.
"Aí temos a situação contrária. As doações foram bem menores ano passado pois as pessoas que doam são pessoas mais velhas, de comunidades religiosas e por conta do risco foi mais fraco. Elas ficaram mais em casa, mas esse ano está tendo uma venda boa por causa da vacina, que está ajudando", diz.
De acordo com a pesquisa da Score, só 7% dos entrevistados pretendem comprar presentes que custam entre R$ 250 a R$ 500, enquanto 2% estimam que irão gastar entre R$ 500 a R$ 1000.
Mauro Natanael é gerente de uma loja de variedades que vende muitos brinquedos e jogos e acredita que não é só a situação econômica que fez o tíquete médio das compras diminuir.
"Vejo esses valores altos em coisas ligadas a tecnologia, sabe? Jogos, telas, celular, essas coisas. Mas as crianças meio que viveram em função disso esse último ano, né? Ficaram em casa vidrados. Acho que tem essa questão também. Por que não comprar um jogo de tabuleiro ou um livro? Acho que os próprios pais além de gastarem menos se preocupam com isso também", avalia.
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