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Caso Bruno e Dom: MPF denuncia 'Colômbia' como mandante dos assassinatos no AM

Estadão Conteúdo

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta quinta-feira, 5, Ruben Dario da Silva Villar, o 'Colômbia', como mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, mortos há exatamente três anos em uma emboscada na região do Vale do Javari, extremo oeste do Amazonas.

O procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal atribui a 'Colômbia' homicídio duplamente qualificado - motivo torpe e sem chance de defesa para as vítimas. Ele está preso e é investigado por pesca ilegal, contrabando e tráfico de drogas.

O processo tramita em sigilo na Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), que vai decidir se recebe ou não a acusação.

A Polícia Federal apontou que o crime foi encomendado porque o trabalho de Bruno Pereira, que treinava indígenas para fiscalização e vigilância do território, e de Dom Phillips, que documentava a Amazônia, estava causando prejuízo financeiro ao esquema de pesca clandestina na região.

Bruno e Dom desapareceram no dia 5 de junho de 2022, durante uma viagem à Amazônia. Os restos mortais só foram encontrados dez dias depois. A perícia concluiu que eles foram assassinados a tiros, esquartejados, queimados e enterrados no Vale do Javari.

Três pescadores foram presos na fase inicial da investigação. Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que confessou o crime e indicou o local onde os corpos foram enterrados; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como 'Dos Santos'; e Jeferson da Silva Lima, o 'Pelado da Dinha'. Todos teriam participado diretamente do crime e serão levados a júri popular.

Um segurança particular do traficante foi preso em dezembro de 2023. E Jânio Freitas de Souza, seu principal comparsa, detido pela Polícia Federal em janeiro.

Autoridades também vinham sendo investigadas, em um inquérito apartado, por suspeita de omissão na fiscalização e segurança dos indígenas no Vale do Javari. A Polícia Federal chegou a indiciar o ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Marcelo Xavier, que comandou o órgão no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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