Bolsonaro e Michelle processam Lula e pedem indenização de R$ 20 mil após fala sobre móveis sumidos
Os 261 itens foram localizados pelo governo no ano passado, 10 meses depois a posse

Após afirmações de que a mobília do Palácio da Alvorada teria sumido no fim de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), entraram com ação no Juizado Especial Cível do Distrito Federal com pedido de indenização de R$ 20 mil por danos morais contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Logo após a posse do novo governo, no início de 2023, Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, acusaram o desaparecimento de objetos após a saída de Bolsonaro e Michelle do Alvorada. Mas, os 261 itens foram localizados pelo governo no ano passado, 10 meses depois. O casal também denunciou o mau estado de conservação da residência presidencial.
Pedido de indenização
Protocolada nesta sexta-feira (22), a ação do casal Bolsonaro pede uma indenização para servir de "medida pedagógica". Caso o pedido seja atendido pela Justiça, o dinheiro será revertido ao Instituto do Carinho, instituição beneficente que acolhe crianças em situações de vulnerabilidade social em Brasília.
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Outro requerimento de Jair e Michelle é para que Lula se retrate "na mesma proporção do dano que realizou", o que inclui uma coletiva de imprensa oficial no Palácio do Alvorada e uma retratação "perante o veículo de comunicação GloboNews e nos canais oficiais de comunicação do governo federal".
Em relação ao canal de televisão, o pedido se dá porque a primeira-dama concedeu uma entrevista exclusiva ao veículo, em 18 de janeiro, abrindo o Alvorada para mostrar o estado em que as instalações foram encontradas após a chegada do casal.
Móveis encontrados no Alvorada
Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, os itens foram encontrados em "dependências diversas" dentro do Palácio da Alvorada. Ao ser questionada sobre quais seriam essas dependências, a Pasta informou que os objetos estavam "espalhados" no imóvel, sem detalhar os locais.
Na nota, a Presidência afirma que "inicialmente, 261 bens não haviam sido localizados. No início de 2023, foi realizada uma nova conferência que constatou a ausência de 83 itens. Os trabalhos foram finalizados somente em setembro do ano passado, quando todos os bens foram encontrados em dependências diversas da residência oficial".
Com a ausência do mobiliário, o governo comprou novos itens para a residência do presidente. Um levantamento feito em dezembro pelo Estadão mostrou que o governo federal gastou R$ 26,8 milhões com reformas, compra de novos móveis, materiais e utensílios domésticos para os palácios presidenciais de Brasília em 2023.
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