Móveis que Lula disse terem desaparecido do Palácio da Alvorada são encontrados em depósito; entenda

Nova conferência localizou todos os bens e mobiliário que foram apontados como ausentes; Michelle Bolsonaro se posiciona

O Liberal
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Após uma disputa iniciada durante a transição de governo entre o presidente Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro, a Presidência da República localizou todos os 261 bens supostamente desaparecidos do patrimônio do Palácio da Alvorada. Durante o início do ano passado, Lula e esposa, Janja, levantaram reclamações sobre as condições da residência oficial, indicando a falta de alguns móveis do patrimônio quando Bolsonaro e Michelle Bolsonaro se mudaram para o local.

A ausência desses móveis também foi citada como justificativa pelo novo governo para um gasto de R$ 196,7 mil em móveis de luxo, conforme revelado pela Folha. O levantamento do patrimônio do Palácio da Alvorada para o período de 2022 foi finalizado no fim do ano passado pela Comissão de Inventário Anual da Presidência da República, que inicialmente constatou que 261 bens não haviam sido localizados durante os trabalhos.

Posteriormente, uma nova conferência foi realizada no início do ano de 2023, já durante a gestão de Lula, reduzindo o número de bens desaparecidos para 83. Com a conclusão dos trabalhos em setembro do ano passado, constatou-se que nenhum móvel ou bem do patrimônio do Palácio da Alvorada estava extraviado.

A ausência dos móveis também foi apontada em abril do ano passado como um dos motivos para a compra sem licitação de móveis de luxo para o Palácio da Alvorada. "Em janeiro deste ano, a curadoria das residências oficiais identificou que 261 móveis do Alvorada estavam desaparecidos. Após três meses de procura, 83 móveis ainda não foram encontrados. A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens", informou a Presidência na ocasião, ao ser questionada sobre a compra dos móveis.

Michelle Bolsonaro diz que era "cortina de fumaça"

Ao ser questionado agora se a compra foi precipitada, considerando que os móveis não foram extraviados, o governo afirma que todos os motivos e justificativas para a aquisição dos bens foram expressos nos canais oficiais, com suas respectivas fundamentações legais. "Cabe ressaltar ainda que os bens adquiridos passaram a integrar o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem", informou a Presidência.

A ex-primeira-dama Michelle afirmou à Folha que o caso do sumiço dos móveis era uma "cortina de fumaça". "Durante muito tempo esse governo quis atribuir a nós o desaparecimento de móveis do Alvorada, inclusive insinuando que eles teriam sido furtados na nossa gestão. Na verdade, eles sempre souberam que isso era uma mentira, mas queriam uma cortina de fumaça para tirar o foco da notícia de que eles gastariam o dinheiro do povo para comprar móveis novos por puro capricho", afirma, por meio de nota.

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