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Bolsonaristas ignoram danos econômicos e apoiam decisão de Trump de taxar Brasil em 50%

Bolsonaristas têm evitado comentar os impactos econômicos da sobretaxa, preferindo criticar o governo federal

Estadão Conteúdo
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A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto provocou reações divergentes entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Houve comemorações, críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e silêncio sobre os possíveis impactos econômicos da medida.

Trump justificou a sobretaxa como resposta às ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro e contra plataformas digitais. “O modo como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado no mundo, é uma desgraça internacional”, afirmou. “Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma caça às bruxas que deve terminar IMEDIATAMENTE!”, escreveu o mandatário americano.

Bolsonaro reagiu ao anúncio compartilhando uma publicação do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-SP), que denunciava o que chama de “tortura diária” contra seu pai. “A verdade precisa ser sempre lembrada, para que todos enxerguem que se trata de uma perseguição implacável, sem precedentes na história do Brasil”, escreveu Carlos. O ex-presidente, porém, não comentou os possíveis prejuízos para o país.

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O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) agradeceu o apoio de Trump nas redes sociais: “Obrigado pelo apoio @realDonaldTrump nosso grande presidente @jairbolsonaro está sofrendo uma perseguição real por um regime comunista”. Já o deputado Giovani Cherini (PL-RS) afirmou que “a pressão internacional cresce diante dos abusos cometidos no Brasil”.

Por outro lado, Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) criticou a decisão de Trump, classificando-a como um ataque à soberania brasileira, mas reconheceu que as tarifas são “o tratamento padrão para os inimigos da liberdade”. “As tarifas dos EUA são aplicadas sobre o importador e consumidor norte-americano. Não é um ataque dos EUA sobre a nossa soberania, é os EUA se defendendo de governos que são seus inimigos”, afirmou.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, Filipe Barros (PL-PR), responsabilizou “todos os que perseguiram a direita e os que se omitiram” pela atual situação, que culminou numa sanção internacional contra o Brasil.

Entre os que atribuem a Lula a culpa pela medida está o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive nos Estados Unidos e afirma ter atuado para conseguir sanções contra o STF. Ele criticou a participação do Brasil na cúpula dos BRICS, realizada no Rio de Janeiro, dizendo que a “brincadeira de Lula vai sair caro para todos os brasileiros”.

Bolsonaristas têm evitado comentar os impactos econômicos da sobretaxa, preferindo criticar o governo federal. O anúncio fez o dólar disparar e a Bolsa de Valores brasileira cair no pregão da quarta-feira.

Outros parlamentares da base, como Júlia Zanatta (PL-SC), Eduardo Pazuello (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL), Delegado Caveira (PL) e Rosana Valle (PL-SP), também usaram as redes sociais para criticar o governo Lula, associando a ele a responsabilidade pelos efeitos da medida.

O apoio do Congresso americano à pressão contra o STF tem ganhado força, com deputados e senadores participando de reuniões com Eduardo Bolsonaro. A deputada americana María Elvira Salazar (Flórida) defendeu que o governo dos EUA aplique a lei Global Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação que pode levar Bolsonaro à prisão, e pediu o congelamento de seus bens e revogação do visto.

“Alexandre de Moraes é uma ameaça direta à liberdade política no Brasil e em todo o nosso hemisfério. Os Estados Unidos precisam agir agora”, escreveu.

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