Após fala sobre nazismo no Flow Podcast, PP prepara representação contra Kim Kataguiri na Câmara

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Paulo Azi (DEM-BA) diz, porém, que não viu apologia ao nazismo na declaração de ​Kim

O Liberal
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O PP deve entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que participou do episódio do Flow Podcast em que Monark (Bruno Aiub) defendeu a criação de um partido nazista. Durante o programa, ao ser questionado por Tabata Amaral se achava errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo, o deputado respondeu que sim. As informações são da Folha de São Paulo. 

"Por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que [seja o assunto que] o sujeito defenda, isso não deve ser crime. Por quê? Porque a melhor maneira de você reprimir uma ideia antidemocrática, tosca, bizarra, discriminatória, é você dando luz àquela ideia para que aquela ideia seja rechaçada socialmente, e então socialmente rejeitada", declarou o parlamentar. 

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De acordo com interlocutores, a representação contra Kim está em elaboração e deve ser apresentada no colegiado responsável por analisar casos de quebra de decoro parlamentar, mas os líderes partidiários ainda não decidiram se a sigla vai pedir a perda de mandato. O PP é hoje um dos principais pilares de sustentação do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, ao lado do PL.

Para o presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Paulo Azi (DEM-BA), não há apologia ao nazismo na declaração de ​Kim. "Falo como parlamentar e não como presidente do conselho: me parece que ficou claro que não teve intenção de fazer qualquer gesto ou qualquer movimento em defesa das práticas do nazismo e até em relação à criação de partido que represente essa ideologia extremista", declarou. "Mas se tiver representação vamos dar o tratamento que o regimento da Casa coloca, o regimento que decide os passos e não cabe ao presidente definir monocraticamente se ela tem substância para seguir ou não", completou. 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a instauração de procedimento para apurar prática de eventual crime de apologia ao nazismo por Kim e por Monark. O teor das declarações será analisado pela assessoria criminal de Aras em função de o caso envolver parlamentar com prerrogativa de foro no STF (Supremo Tribunal Federal).

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