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Vereador entra com Ação Popular contra “Máfia dos Guinchos” em Belém

Mayky Vilaça, do PL, também recorreu ao MPPA e ao TCM-Pa para que investiguem os fatos

O Liberal

O vereador Mayky Vilaça (PL) confirmou que entrou com uma ação popular junto à 2ª Vara da Fazenda de Belém solicitando que o município de Belém “se abstenha de utilizar serviços da empresa Auto Lance Pátio Leilões Ltda sem prévia licitação e contrato formal válido”. Ele vem denunciando a contratação sem licitação da empresa de guincho e pátio pela Prefeitura de Belém desde maio e já recorreu ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas dos Municípios pedindo providências. Mayky afirma que, mesmo após o contrato com a empresa ter sido rescindido, o município de Belém continua usando os serviços da empresa de forma irregular. O PL também entrou com pedido de abertura de CPI na Câmara Municipal de Belém.

Foi o vereador do PL que descobriu a ligação da Auto Lance com o chefe de gabinete do prefeito Igor Normando, Cleidson Chaves, que na verdade é irmão do proprietário da empresa, Clideon Chaves. Depois que as denúncias vieram à tona, o chefe de gabinete foi demitido, mas o vereador afirma que ele continua prestando serviços à PMB, na Secretaria de Zeladoria (Sezel).

Mayky Vilaça começou a denunciar o assunto em maio, quando constatou o distrato da antiga empresa que prestava serviços de guincho ao município de Belém, a Moov Gestão e Logística Ltda. “Achei estranho o encerramento do contrato entre a Segbel e a empresa que prestava o serviço, já que o contrato estava vigente até o final de 2025”, disse o vereador.

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“Fui verificar a nova empresa contratada e, além de ter sido sem licitação, constatei dois fatos estranhos: a antiga empresa era obrigada a repassar à prefeitura de Belém 20% do arrecadado no serviço, enquanto a nova não repassava nada; e a sede da empresa ficava em Xinguara”.

O vereador entrou com representação junto ao Ministério Público do Estado (MPPA) e junto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) solicitando a suspensão do contrato. “Percebe-se que a ação da empresa era nitidamente financeira, porque só apreendiam moto, já que cabiam no guincho de 10 a 12 motos, enquanto se fosse carro só daria para guinchar um carro de cada vez”, calcula o vereador. “”Eles estavam fazendo dez blitz na cidade por dia, com dois guinchos, cobrando R$ 257,00 por moto, o que rendia um lucro de cerca de R$ 2 milhões por mês, fora o pátio”.

Na ação popular que o vereador deu entrada junto ao TJPA, ele sugere que mesmo com o contrato suspenso, a empresa segue prestando o serviço de guincho e pátio ao município de Belém. “Temos recibos de pagamento que mostram que alguém ainda pagou para esta empresa depois que o contrato foi suspenso”. Mayky diz que espera que a CMB aprove pedido de CPI para que o caso seja investigado. “Serei o relator da CPI”, afirma.