MENU

BUSCA

Lula diz que Eduardo Bolsonaro passa 'informações deformadas e erradas' a Trump

Autoexilado nos EUA, Eduardo Bolsonaro articula sanções contra o Brasil e autoridades nacionais relacionadas ao julgamento da ação penal em que Jair Bolsonaro é réu

Estadão Conteúdo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilha “informações deformadas e erradas” com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração foi dada em entrevista à Rádio BandNews FM nesta terça-feira (12).

“Acho que o presidente Trump precisa de uma assessoria que demonstre algum conhecimento do Brasil. Se montar uma assessoria com o filho do Bolsonaro (Eduardo) e com pessoas ligadas a Bolsonaro, vai ter sempre informações deformadas e erradas”, disse o presidente.

VEJA MAIS 

Lula reclama sobre situação do Corinthians: 'Como virou essa baderna?'
O presidente da República mostrou total descontentamento com o time

Leia a íntegra do relatório do governo Trump criticando o governo Lula, Moraes e a PM de São Paulo
O documento cita execuções cometidas por policiais de São Paulo como exemplo de risco aos Direitos Humanos.

Durante a entrevista, Lula também afirmou que o deputado deverá ser julgado pelos seus atos. “Aqui no Brasil, os bolsonaristas elegem ele (Donald Trump) como o maior líder do mundo, o líder da extrema direita. Ele certamente está lá com o filho do Bolsonaro e não sei quantas outras pessoas instigando-o contra o Brasil. Aliás, eu acho que esses meninos estão cometendo um crime de traição à Pátria.”

Autoexilado nos EUA, Eduardo articula sanções contra o país e contra autoridades nacionais por interferência no julgamento da ação penal de tentativa de golpe de Estado, na qual Jair Bolsonaro (PL) é réu.

O filho do ex-presidente alegou estar presente em reuniões em que o tarifaço de 50% sobre produtos nacionais foi debatido. Na carta que informou as novas taxas, Trump pediu que o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) fosse extinto.

Além do tarifaço, o governo Trump também tomou medidas contra ministros da Corte. Ao todo, oito magistrados do tribunal tiveram seus vistos americanos cassados, e Alexandre de Moraes foi sancionado pela Lei Magnitsky, que o impede de acessar os EUA e de movimentar bens financeiros no país.