Justiça da Itália mantém Zambelli presa
O advogado Fabio Pagnozzi disse ver viés “político” na decisão e anunciou recurso à Suprema Corte italiana
A Justiça da Itália decidiu nesta quinta-feira, 28, manter a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) presa durante o trâmite de extradição. A defesa alegava questões de saúde e pedia que ela aguardasse o processo em liberdade. Zambelli está detida na penitenciária de Rebibbia, em Roma, após fugir do Brasil quando foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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O advogado Fabio Pagnozzi, que representa a parlamentar, afirmou que a decisão evidencia um viés “político” no processo e anunciou que recorrerá à Suprema Corte italiana. “O governo brasileiro vem forçando muito as autoridades para que esse processo da Carla seja mais rápido, mais doloroso, porém acreditamos muito na Corte Superior da Itália, onde vão aceitar os fundamentos da defesa”, disse. Como mostrou o Estadão, o processo de extradição pode durar de um ano e meio a dois anos.
A primeira condenação de Zambelli ocorreu em maio, quando o STF a responsabilizou por coordenar a invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), usada para emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Após a decisão, ela deixou o País e foi presa em 29 de julho na Itália.
Já em agosto, enquanto estava detida em Roma, o Supremo voltou a condená-la, desta vez por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. O caso se refere ao episódio da véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando Zambelli perseguiu um homem no bairro dos Jardins, em São Paulo, empunhando uma arma.
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