Internado, Bolsonaro pede remédio antidepressivo antes do Ano-Novo
Equipe médica do ex-presidente informou que tratamento foi iniciado e que alta está prevista para esta quinta-feira (1º/1)
O ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou à sua equipe médica o início de tratamento com medicamentos antidepressivos. A informação foi revelada em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (31/12) pelos profissionais que o acompanham no Hospital DF Star, em Brasília (DF), onde ele está internado desde 24 de dezembro. O pedido ocorre em meio a um quadro de saúde complexo e um "estado emocional mais deprimido", conforme relatado pelos médicos.
A alta do ex-presidente, que cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, está prevista para esta quinta-feira (1º/1), caso o quadro de saúde permaneça estável. Segundo os médicos, ele passou por novo exame de endoscopia, apresentando quadro estável e sem intercorrências.
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Pedido de medicamento e retorno à prisão
O cirurgião Cláudio Birolini confirmou que o "próprio [ex-]presidente pediu para fazer uso de algum medicamento antidepressivo". Ele acrescentou: "Então foi introduzido [durante a internação] esse tratamento e a gente espera que passe a fazer algum efeito em alguns dias".
A equipe médica ressaltou que o estado psicológico afeta o quadro de saúde de Bolsonaro, "como de qualquer outro paciente". O médico Birolini complementou: "Obviamente ele não está feliz, né? [Seu ânimo] oscila um pouco, a gente percebe uma piora considerável nos momentos de soluços prolongados".
A internação no Hospital DF Star foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que Bolsonaro cumpre pena por trama golpista na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal. Ele foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão.
Internação de Bolsonaro e quadro de saúde
O médico Cláudio Birolini explicou que Bolsonaro já havia tomado antidepressivos anteriormente, mas em uma dose menor. "Agora, estamos tratando de forma melhor e espera-se que o tratamento possa fazer efeitos em alguns dias", afirmou o especialista.
Desde o dia 24 de dezembro, Bolsonaro foi internado. Em 25 de dezembro, foi submetido a uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral. No entanto, o ex-presidente apresentou outras intercorrências durante a internação.
Seu quadro inclui "soluços persistentes", considerados extremamente raros, e uma apneia do sono severa, com até 50 registros em uma hora durante a noite. Esta condição tem causado picos de hipertensão, levando-o a dormir com o auxílio de um aparelho CPAP, que ajuda na respiração.
Em função dos soluços, o ex-presidente foi submetido a três procedimentos cirúrgicos para bloqueio do nervo frênico: em 27 de dezembro, 29 de dezembro e, diante da persistência do quadro, novamente em 30 de dezembro.
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