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‘Expõe teatro de Moraes’: veja a reação de deputados bolsonaristas do Pará ao voto de Fux

Ministro foi o terceiro a votar no julgamento da ação do golpe e acatou argumentos da defesa

O Liberal

Desde o início do voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da ação da “trama golpista”, nesta quarta-feira (10.09), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ficaram eufóricos e celebraram as manifestações do magistrado. Ao analisar uma preliminar levantada pela defesa dos réus, Fux defendeu a nulidade total do processo, gerando reações nas redes sociais. Entre os apoiadores de Bolsonaro, o voto reforçou a narrativa de cerceamento de defesa e o que eles avaliam como uma "perseguição" contra o ex-presidente.

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Fux acatou outros argumentos da defesa: votou contra a aplicação dos crimes de organização criminosa com arma de fogo e reconheceu a ocorrência de cerceamento de defesa pelo que chamou de "tsunami" de dados - datadumping -, votando pela nulidade do processo desde o recebimento da denúncia.

O voto animou bolsonaristas paraenses que foram às redes sociais celebrar as manifestações do ministro. “URGENTE - FUX HONRA A TOGA — ANULA TUDO. Fux expõe o teatro de Moraes e a perseguição contra Bolsonaro. Cada batalha importa! Compartilhe”, escreveu o deputado federal Delegado Caveira (PL), ao compartilhar vídeo com trecho do voto do ministro.


Joaquim Passarinho (PL) afirmou que, ao reconhecer a incompetência do STF no julgamento dos réus, o ministro devolve à Constituição o respeito que, para ele, vinha sendo ignorado.

“Transformaram o Supremo em tribunal de exceção. Isso é gravíssimo”, escreveu o deputado federal.


“A banalização constitucional não pode ser tolerada. O Brasil precisa voltar a respeitar suas leis e instituições sem abusos, sem excessos, sem atropelos”, acrescentou Passarinho.

A argumentação de Fux segue por mais de dez horas de duração, mas, após a conclusão da sua avaliação individual dos crimes imputados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal paraense Delegado Éder Mauro também usou as redes para se manifestar. Isso porque o ministro do supremo absolveu Bolsonaro de odos as acusações, por não reconhecer provas suficientes ou relação do acusado com os crimes.

O delegado publicou um trecho da fala do ministro em que ele defende que “no caso em questão, não há nenhuma prova de que algum dos réus tinha o dever específico de agir para impedir os danos causados em 8 de janeiro de 2023”. No recorte ele segue narrando os fatos e a isenção de responsabilidade dos réus. Para Éder Mauro, fica claro que a opinião do magistrado deveria ser unânime.


“Fux mostrou que ainda há juízes que honram a toga! O Brasil tem esperança de que toda essa farsa será desmascarada e revertida”, escreve o deputado federal na postagem.