CPMI do INSS ouve ex-ministro da Previdência Carlos Lupi
Após escândalo do INSS Carlos Lupi nega qualquer envolvimento direto com o esquema de fraudes
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), ouve nesta segunda-feira (08) o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, que ocupou o cargo até maio, quando foram reveladas fraudes pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).
Estão marcados também os depoimentos de José Carlos Oliveira, ex-ministro da Previdência do governo Bolsonaro, e de dois investigados: o empresário Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes. A CPMI investiga irregularidades em descontos aplicados a benefícios previdenciários.
Lupi estava à frente da entidade quando o escândalo de descontos a aposentarias e pensões veio a conhecimento público. Diante da repercussão e pressão o então ministro da Previdência Social entregou o cargo em maio deste ano.
“O que a gente quer é entender por que não foi feito nada até a operação da Polícia Federal”, disse o presidente da comissão, Carlos Viana (Podemos - MG) aos jornalistas.
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Sobre o Caso INSS
A CPMI foi criada para investigar o esquema bilionário de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. As irregularidades estão relacionadas a mensalidades cobradas por associações sobre os benefícios do INSS. Os descontos eram feitos como se os beneficiários tivessem concordado em se associar, o que não aconteceu.
Em investigação, as entidades responsaveis teriam cobrado o valor indevido estimado em R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024. O caso foi revelado em abril após operação da PF e da CGU.
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