Construção civil já criou 135 mil empregos em 2025 com impulso do Minha Casa, Minha Vida
Setor registra alta com foco na habitação popular; governo prepara novas medidas para reformas e classe média
A construção civil criou 135 mil empregos formais nos quatro primeiros meses de 2025. O número, divulgado na última quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, representa uma recuperação no setor, impulsionada especialmente pelos investimentos do governo federal no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Somente em abril, foram 34 mil novos postos de trabalho.
Em entrevista ao Broadcast Político, o ministro das Cidades, Jader Filho, atribuiu o bom desempenho ao programa habitacional. “A continuidade do crescimento da construção, liderado pelo Minha Casa, Minha Vida, deverá impulsionar a geração de novos empregos formais nos próximos meses, consolidando uma trajetória sustentável de expansão da economia do país”, afirmou.
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A expectativa do governo é ampliar ainda mais os impactos positivos no setor, com medidas que incluem uma nova faixa do MCMV voltada à classe média e a criação de uma linha de crédito para reformas em moradias precárias, cujo desenho está em fase final. “Estamos alcançando a marca de 3 milhões de empregos formais na construção, que deverá ser batida em maio”, declarou o secretário nacional de Habitação, Augusto Rabelo.
Minha Casa, Minha Vida lidera lançamentos e vendas
Uma pesquisa recente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) reforça o protagonismo do programa federal. No primeiro trimestre deste ano, o Minha Casa, Minha Vida respondeu por 53% dos lançamentos de imóveis residenciais no Brasil e por 47% das vendas.
O programa tem sido central na estratégia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reaquecer a economia e gerar empregos. Na semana passada, o ministro Jader Filho afirmou que aguardava uma reunião com o presidente para apresentar os detalhes do novo programa de reformas habitacionais.
O plano habitacional também é parte da estratégia política do governo, que ampliou a meta de entregas de unidades habitacionais de dois para três milhões até o fim do mandato. As novas ações devem ser anunciadas nos próximos meses, com foco em ampliar a popularidade do presidente às vésperas do ciclo eleitoral de 2026.