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Mercado imobiliário de Belém e Ananindeua tem alta de 34% e guinada popular com o MCMV

Participação do Minha Casa, Minha Vida nos lançamentos salta de 15% para 50% em 2025, com Ananindeua concentrando mais da metade da oferta e Marituba se destacando pelos preços baixos

Gabriel da Mota
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Em 2024, o mercado imobiliário de Belém e Ananindeua registrou um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,5 bilhão, com alta de 34,3% em relação ao ano anterior. No primeiro trimestre de 2025, o ritmo segue aquecido: já são R$ 418 milhões em VGV, superando em 11% o volume do mesmo período do ano passado. Um dos destaques 28º Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua, divulgado nesta quarta-feira (28), é a guinada popular: a participação do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) nos lançamentos disparou de 15% em 2024 para 50% no primeiro trimestre deste ano.

“O nosso mercado apresentou números acima da média nacional. Estamos muito bem posicionados, e a previsão é de crescimento nos próximos trimestres. Com o ano da COP, com certeza os números vão ser maiores”, avaliou Fabrizio Gonçalves, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Pará (Sinduscon-PA).

Anderson Gonçalves, head regional da Brain, empresa responsável pela pesquisa de mercado, acrescentou: “Estamos no mesmo ritmo de lançamento de empreendimentos do ano passado. Em comparação com outras praças do Norte, como Boa Vista e Manaus, houve 0 ou 1 lançamento neste mesmo período”.

Ananindeua concentra lançamentos; Marituba tem valores mais acessíveis

O levantamento aponta uma concentração crescente dos lançamentos em Ananindeua. No primeiro trimestre de 2025, 61% das unidades lançadas estavam no município, contra 46% no mesmo período de 2024. Bairros belenenses como Mangueirão (17%) e Pedreira (16%) aparecem bem atrás.

O perfil também mudou: o padrão econômico foi praticamente abandonado em Belém — com o tíquete médio de R$ 280 mil — enquanto o padrão compacto, com R$ 663 mil por unidade, e o superluxo, com R$ 7 milhões de tíquete médio, puxam o valor médio do metro quadrado na capital para R$ 10.850. No cluster 2 — região de maior verticalização — o valor ultrapassa R$ 12.659 por m².

O 1º Censo Imobiliário de Marituba, apresentado na mesma ocasião, identificou dois empreendimentos horizontais naquele município: um loteamento com 607 unidades e um condomínio com 34 casas. Juntas, essas ofertas somam 641 unidades lançadas, com 195 ainda em estoque e uma taxa de vendas de 69,6%. Os preços praticados são significativamente mais baixos do que os de Belém e Ananindeua: o metro quadrado das casas está em R$ 4.025, enquanto os lotes chegam a apenas R$ 222 por m².

Belém lidera em volume e padrão médio domina a capital

Belém tem 66 edifícios verticais residenciais, com 7.168 unidades lançadas. Destas, 1.816 permanecem em comercialização, o que representa uma disponibilidade de 25,3%. O padrão médio domina, com 74,4% da oferta lançada e 71,8% da oferta final concentrada entre as categorias Médio, Compacto e Standard. Por outro lado, o superluxo aparece com apenas 62 unidades lançadas e 21 disponíveis.

A tipologia mais comum são os imóveis com 2 e 3 dormitórios, responsáveis por 70,8% da oferta lançada e 69,3% da oferta final. O preço médio do m² para empreendimentos em comercialização é de R$ 10.850, com destaque para os apartamentos de 4 quartos, que chegam a R$ 13.843/m², e os de 1 quarto, que custam R$ 12.488/m².

Em Ananindeua, há 6 empreendimentos verticais mapeados, com 1.683 unidades lançadas e 637 ainda disponíveis. No segmento horizontal, o município conta com 15 empreendimentos: 6 de lotes em condomínio (1.850 unidades lançadas) e 9 de casas em condomínio (566 unidades).

O Censo também revelou a recuperação da oferta final, que em 2023 tinha atingido uma das menores marcas da série histórica. De 2.646 unidades disponíveis no primeiro trimestre de 2024, o total caiu para 2.453 neste início de 2025, uma redução de 7%. No entanto, os estoques do MCMV subiram 53% (de 415 para 637 unidades), enquanto os demais padrões recuaram 19%.

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