MENU

BUSCA

CPI das Bets: padre Patrick revela que recebeu proposta de R$ 560 mil para divulgação

Paraense afirmou que recebe pessoas que pedem orientação sobre vício em jogos de azar

O Liberal

O padre paraense Patrick Fernandes revelou que recebeu uma proposta de R$ 560 mil para divulgar uma plataforma de jogos de azar. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que apura as empresas de jogos e apostas virtuais — que se popularizou como “CPI das Bets” —, nesta quarta-feira (21/5), o padre contou que as ofertas surgiram quando ele começou a crescer nas redes sociais. 

O paraense afirmou que a primeira proposta apareceu quando ele ainda tinha menos de um milhão de seguidores. Atualmente, ele conta com 6,6 milhões de seguidores no Instagram e 2,9 milhões no TikTok. 

“Geralmente as divulgações são assim: duas vezes na semana você grava dois stories, três stories, eles mandam o briefing. Só que ali eu já não aceitei. E sempre chega [proposta]”, contou.

VEJA MAIS

image Antonia Fontenelle detona Virginia Fonseca após CPI das Bets
A apresentadora Antonia Fontenelle ainda criticou a condução do depoimento e o tratamento dado à influenciadora

image Vídeo: na CPI das Bets, Rico Melquíades joga no 'tigrinho' e exibe lucro
O influenciador é divulgador de uma casa de apostas criada pela advogada e influenciadora Deolane Bezerra.

No perfil de Patrick constam contatos para marcas que queiram contratá-lo para fazer divulgação. No entanto, o padre diz que faz uma seleção dos contratos que fecha. O sacerdote foi convidado ao Senado porque contou, em um vídeo, que gostaria de depor à CPI.

“Eles começam a ostentar uma vida que, aos moldes de muita gente, é a ideal. Uma pessoa que antes não tinha muitos recursos aparece com carro de luxo, viagens internacionais, divulgando esses jogos, o que dá uma falsa ideia de uma vida fácil. [...] Isso vai gerando um ciclo vicioso que vai tomando conta", afirmou.

O padre contou que recebe, por semana, cerca de três pessoas que pedem orientação sobre o vício em jogos de algum familiar. “Quando a própria pessoa chega ao ponto de reconhecer que precisa de ajuda, é o estopim, a pessoa não aguenta mais", observou.

Política