50% dos eleitores que sabem quem é Janja desaprovam participação dela no governo, diz pesquisa
Entre quem conhece a primeira-dama, 42% dos homens dizem conhecê-la bem, contra 39% das mulheres

A atuação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, no governo é reprovada por 50% dos eleitores que afirmam conhecê-la. Nesse grupo, 30% apoiam sua participação, enquanto 20% preferiram não opinar ou disseram não saber.
Os dados são de uma pesquisa realizada pelo PoderData, divulgada nesta quinta-feira (5). O levantamento mostra que 86% da população brasileira conhece bem ou ao menos já ouviu falar da esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desde o início do terceiro mandato do petista, a visibilidade de Janja cresceu significativamente: em setembro de 2022, esse índice era de 63%, um aumento de 23 pontos percentuais até 2025.
Entre os entrevistados que conhecem a primeira-dama, há uma diferença de percepção entre os gêneros: 42% dos homens afirmam conhecê-la bem, contra 39% das mulheres.
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Rosângela da Silva, conhecida como Janja, é socióloga paranaense e filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Casou-se com o presidente Lula em 2022, após manter um relacionamento com ele enquanto ele estava preso em Curitiba.
Janja foi professora na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atuou na liderança do PT na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), trabalhou por 14 anos na hidrelétrica de Itaipu Binacional e foi assessora de Comunicação e Relações Institucionais da Eletrobras.
Apesar de não ocupar um cargo oficial, Janja desempenha papel de destaque ao lado do presidente. Ela afirmou que quer "ressignificar" o papel de primeira-dama, embora reclame de não ter verba e equipe próprias — ainda que, informalmente, conte com 12 assessores. Também participa de reuniões ministeriais e interfere diretamente na gestão de algumas pastas.
Recentemente, Janja foi alvo de críticas após comentar, durante reunião com o líder chinês Xi Jinping, sobre a possibilidade de regulamentação das redes sociais. Diante da repercussão, Lula saiu em sua defesa, afirmando que foi ele quem levantou o tema:
"Não sei por que alguém achou que isso era novidade e foi falar para a imprensa. A pergunta foi minha e eu não me senti incomodado. O fato de a minha mulher pedir a palavra é porque ela não é cidadã de segunda classe, entende mais de rede digital do que eu", disse o presidente.
A pesquisa foi realizada entre os dias 31 de maio e 2 de junho de 2025, com 2.500 entrevistas em 218 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
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