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Refém morto durante assalto em Cametá tentou fugir de criminosos, diz testemunha

Alessandro de Jesus Lopes era morador do município e foi alvejado com disparos de arma de fogo

Ana Carolina Matos

 


Locutor e músico, Alessandro de Jesus Lopes, de 25 anos, teve a vida interrompida durante a mega operação criminosa no município de Cametá, na madrugada desta quarta-feira (2). O jovem, que foi um dos reféns do bando, foi assassinado com disparos de arma de fogo, durante a tentativa de assalto a uma agência do Banco do Brasil no município. Outro refém, que não teve a identidade divulgada, foi baleado na perna e está internado.

Segundo uma testemunha, que também foi feita de refém pela quadrilha, a vítima teria tentado fugir dos assaltantes no momento em que foi baleada. Segundo o homem, que preferiu não se identificar por medo de represálias, tudo ocorreu no momento em que os reféns eram usados como escudos humanos, em frente ao Batalhão da Polícia Militar de Cametá.

"Na hora do escudo humano, ele tentou correr. Mandaram ele voltar, mas ele não obedeceu. Foi nesse momento que eles atiraram nele", conta a testemunha e vítima. O homem conta ainda que os momentos de terror vividos por dezenas de pessoas na localidade abalaram a população. "Nunca pensamos que iríamos passar por isso. Só quem viveu sabe o quanto é triste estar na mira de uma arma. Fui vítima, mas saí vivo", conta.

Mais cedo, uma outra testemunha relação à Redação Integrada do Grupo Liberal que pelo menos 50 pessoas teriam sido feitas de refém na cidade. "Eu acredito que deveria ser mais de 50 (assaltantes), porque tinha muitas motos e alguns carros parados na praça. Eu conferi, e tinha mais de 30 motos", disse o morador de Cametá, Galdino Medeiros, que testemunhou a ação da quadrilha.

Crime chocou moradores de Cametá

Entre a noite desta terça-feira (1º) e madrugada desta quarta (2), moradores de Cametá, município a 235 Km de Belém, viveram momentos de terror durante uma ação criminosa na cidade.

Testemunhas relataram que, no momento do crime, muitos moradores estavam em bares do centro da cidade acompanhando o jogo do Flamengo pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América, o que facilitou a captura de muitos reféns.

"Muita gente estava assistindo ao jogo, os bares estavam lotados", disse Márcio Mendes, morador da cidade, em entrevista à GloboNews.

Pela manhã, o clima de tensão ainda seguiu na cidade, com a população em choque pelo o ocorrido.


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