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Detida por agredir 'cliente' em Parauapebas, polícia descobre envolvimento de travesti com homicídio

Presa depois de ter mudado o valor do programa e roubado o homem, Sayury matou outra travesti no Distrito Federal

Vicky Sayury Barbosa, de 23 anos, foi presa na manhã desta quarta-feira (04) em Parauapebas, sudeste paraense, depois de agredir um homem que havia contratado seus serviços como prostituta e depois se recusado a pagar um novo valor que, segundo ele, ela teria estipulado na hora. Depois de levada à delegacia, foi descoberto pela polícia que Sayury era procurada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) por envolvimento no homicídio de uma outra mulher transexual, crime cometido no final do ano passado.

Tudo começou quando um homem natural do Paraná foi até a 20ª seccional de Parauapebas para informar que havia contratado um programa de prostituição, através de um aplicativo da internet. Chegando ao local informado - Rua Tocantins, Bairro Liberdade I - ele entrou no quarto com Sayury e, de pronto, entregou os 50 reais que teriam sido combinados anteriormente.

Contudo, antes de realizar o programa, a travesti teria dito que queria mais dinheiro, e foi então que o homem lhe disse que só daria o combinado no aplicativo. Como a suposta vítima se negou a lhe pagar o novo valor, Sayury teria atacado o cliente desferindo um soco na testa, nos lábios e mordendo o braço direito. Além das agressões, Sayury subtraiu da suposta vítima uma pulseira, um óculos de grau e 150 reais.

Um policial civil foi ao local e lá encontrou Sayury, o cliente agredido e uma outra mulher, identificada como Liliane Gomes de Sousa, que também estava na residência. A casa funciona como ponto de prostituição, e como uma adolescente foi encontrada na casa, Liliane foi responsabilizada e autuada por exploração sexual. Na Delegacia, após Sayury ser autuada por roubo, a Polícia descobriu que ela estava envolvida em um caso de homicídio qualificado contra uma outra travesti, depois de fazer uma consulta em seu nome de batismo.

Karliane Vitória, de 21 anos, foi morta em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal, em 04 de dezembro de 2018. A transsexual era natural de Rondônia e foi assassinada próximo a um quiosque onde, segundo a Polícia Civil, travestis costumam receber clientes para programas. À época do crime, uma testemunha contou que viu a vítima andando na frente de um ciclista, apontado pelas investigações como o principal suspeito. Em depoimento, essa pessoa disse que a vítima gritou por socorro e, em seguida, "ouviu vários disparos". Karliane foi atingida por um disparo de arma de fogo 22 milímetros.

Em decisão emitida em 5 de abril, Sayury foi autuada pela Justiça do DF por envolvimento no crime, com base no artigo 121 do Código Penal, isto é, homicídio qualificado, já que o juiz citou que foi cometido por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. O site do TJDFT cita no processo ainda o nome de Roberto Jesus da Silva, também acusado de participar do assassinato de Karliane.

O crime foi cometido em dezembro, mas a denúncia contra Sayury e Roberto só foi oferecida em março de 2019 pelo Ministério Público. O juiz João Marcos Guimarães Silva destaca que, no momento da decisão, Sayury estava com paradeiro desconhecido. Agora, ela pode ser recambiada ao Distrito Federal para responder pelo crime.

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