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Polícia ainda está à procura de sete membros de bando que aterrorizou Viseu

Em coletiva hoje à tarde, três acusados do assalto à agência Banpará foram apresentados

Caio Oliveira

A Polícia Civil apresentou na tarde desta sexta-feira (16), na Delegacia Geral, três homens presos acusados de envolvimento ao assalto na modalidade "vapor" a uma agência do Banpará em Viseu, ocorrido no dia 6 de novembro deste ano. 

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José Maria Nogueira dos Reis, de 30 anos, e os irmãos Gilvan Vieira Lobato, 38 anos e Gilney Vieira Lobato, de 34 anos, foram presos na quinta-feira (15), em uma casa o município de Bragança, local onde a Polícia Civil também deteve Larissa Pereira da Paixão Matos, 23, e Elaine Cristina Botelho Barroso, de 34 anos.

No local, ainda foi aprendido cerca de 216 mil reais e duas armas de fogo, além de munição. Os homens seguem detidos sob a acusação de participação direta no assalto, enquanto as mulheres foram presas por associação criminosa, como cúmplices, sendo levadas  para Centro de Reeducação Feminino (CRF). 


DENÚNCIA

Segundo o delegado Fausto Bulcão, da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos (DRRB), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado Pará. (DRCO), as prisões foram feitas após uma denúncia anônima levar a Polícia Militar até a casa onde os suspeitos estavam, no bairro do Riozinho, em Bragança, às margens do Rio Caeté. 

Diante da denúncia, a equipe do Grupo Tático Operacional (GTO) da Polícia Militar foi até o local e encontraram os cinco suspeitos carro modelo Fiat Strada, de cor branca e com placa de Vigia. Em revista no carro e na casa foram encontrados duas pistolas, carregadores e munições de diverso calibres, além de parte do dinheiro. A Polícia Civil destacou que Gilvan tem um mandado de prisão em seu desfavor expedido em Belém, por homicídio. 

"Esta é apenas uma parte do bando, que acreditamos ser formado por dez pessoas. Desde o começo, o trabalho da polícia foi crucial para elucidar esse caso. Logo após o assalto, a ação de policiais militares de Bragança 'quebrou' a fuga dos bandidos, obrigando o grupo a se dividir. Desde então, estamos atuando em um esforço conjunto das forças de segurança para prender a quadrilha", disse o delegado Fausto Bulcão.

Ainda segundo o diretor da DRRB, o plano inicial da quadrilha retardar a perseguição da Polícia queimando carros na pontes da região rural de Viseu, indo em seguida para uma área de mata e acessando o Rio Gurupi, de onde seguiriam para o Estado do Maranhão.

Contudo, a rápida ação da PM, que chegou a trocar tiros com os bandidos, impossibilitou a fuga, obrigando a quadrilha a ficar na mata durante todo esse período, só se movendo durante a noite em direção à cidade. Quando eles chegaram ao centro de Bragança e foram para a casa de Gilvan, foram presos pela Polícia Militar

Ainda segundo a investigação da Polícia Civil, parte do dinheiro ainda segue com os outros membros do bando, que se separaram. No dia 09, Silvio Gonçalves da Silva, ou Balica foi preso na comunidade do Pimenta, na zona rural de Viseu.

O homem é apontando como o "mateiro" da quadrilha, agindo como guia dos criminosos durante a fuga.


LEMBRE O CASO

O assalto a uma agência do Banco do Estado do Pará (Banpará) em Viseu ocorreu no último dia 6. O caso mobilizou a polícia rumo ao município e gerou pânico na população do nordeste paraense, na manhã daquela terça-feira. O assalto foi cometido na modalidade "vapor" ou "novo cangaço", que terminou com o baleamento de um segurança do banco e na captura de cerca de dez reféns, com alguns sendo amarrados aos capôs dos carros, em uma ação que assustou os moradores do município que faz fronteira com o Maranhão.

Durante o assalto os bandidos sitiaram a cidade e fugiram levando dinheiro da agência.

O valor total roubado não foi revelado pelo banco estatal. O segurança Josias Gomes, de 36 anos, funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviços ao Banpará, foi ferido na parte lateral das costas, na altura do quadril. Ele foi atendido em um hospital local e passava bem. 

Na fuga, além de seus veículos, os criminosos usaram também o carro do gerente da agência do banco. O carro foi abandonado e localizado pelos policiais horas depois, e um dos veículos usados pelos bandidos foi queimado em cima de uma ponte localizada entre Bragança e Viseu, para atrapalhar a perseguição dos policiais ao bando. Antes de entrarem em um ramal, houve troca de tiros com policiais militares de Bragança e, apesar do confronto, os bandidos conseguiram fugir. Os reféns foram achados em área de mata às margens do um ramal de terra na zona rural de Viseu.

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