Dois paraenses foram presos pela Polícia Judiciária de Portugal esta semana pela Operação "Norte Tropical", com a acusação de participar de esquema de tráfico internacional de drogas. O carregamento ilegal de cocaína estaria escondido em cargas de açaí e teria saído do Porto de Vila do Conde, em Barcarena. A dupla faria parte de um esquema maior comandado por Ruben Oliveira, conhecido como “Xuxas” - maior traficante português -, e pelo Sérgio Carvalho - o "Major Carvalho", também chamado de “Escobar brasileiro”. Ambos também já foram presos.
Veja como foi a prisão do "Escobar brasileiro":
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A Polícia Judiciária portuguesa confirmou a prisão dos brasileiros pela droga apreendida em carga de açaí, mas não forneceu os nomes deles. Porém, de acordo com informações extraoficiais, um dos acusados é um jovem empresário de Barcarena e o outro seria agente de segurança, lotado em Belém. A polícia portuguesa confirmou que prossegue com as investigações e com as buscas a mais pessoas envolvidas no esquema.
Em nota, a Polícia Judiciária portuguesa revelou que a carga "seria suficiente para a composição de pelo menos 3.200.000 (três milhões e duzentas mil) doses individuais" de cocaína e confirmou que o entorpecente entrou no país dentro de um carregamento de açaí congelado, que tinha chegado em um contentor marítimo vindo de "um país da América Latina".
O 'Escobar brasileiro' e o chefe do tráfico de drogas em Portugal
Sério Carvalho, o "Major Carvalho" ficou conhecido como "Escobar brasileiro" e foi preso na última semana na Hungria, durante uma megaoperação da Polícia Federal do Brasil, da Polícia de Portugal e também da Interpol. Ele estava fugido desde quando começou a megaoperação "Exotic Fruit", em fevereiro deste ano.
Na mesma operação, foi preso o chefe do tráfico de drogas de Portugal, Ruben Oliveira, também chamado de "Xuxas", que tentou esconder a própria fortuna, mas chamou a atenção por conta da quantidade de carros de luxo que usava para se locomover e também os grandes saques realizados para se manter em fuga. A próxima seria para Madrid (Espanha). Ambos estão presos na penitenciária de alta segurança de Monsanto (POR).