Tenente da PM-PA é um dos presos por tráfico de drogas ligado a 'Escobar brasileiro' em Portugal
Mercadoria foi apreendida dentro de uma carga de açaí. Aderaldo Pereira de Freitas Neto é tenente da Polícia Militar e formado em Direito
Um dos paraenses presos em Portugal por participar de um esquema de tráfico internacional de drogas é o tenente da Polícia Militar Aderaldo Pereira de Freitas Neto. Conhecido como Neto Freitas, ele é formado em Direito e é bacharel em Defesa Social e Cidadania, conforme consta em seu perfil nas redes sociais. O nome do outro paraense também detido em Lisboa, capital portuguesa, durante a operação "Norte Tropical" ainda não foi confirmado.
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De acordo com informações extraoficiais, o tráfico de drogas em cargas de açaí faz parte de um esquema comandado pelo português Ruben Oliveira, de 28 anos, o "Xuxas". Ele é considerado pelas autoridades portuguesas como o maior traficante do país e com vasta rede de ligações.
Ele seria um dos nomes fortes do traficante brasileiro Sérgio Carvalho, o “Major Carvalho”, que foi preso na semana passada na Hungria, em megaoperação que envolveu a Polícia Federal brasileira, a polícia portuguesa e a Interpol. Carvalho ficou conhecido como o “Escobar brasileiro”, em referência a Pablo Escobar, colombiano que ficou famoso por comandar um cartel do narcotráfico e estava fugido de Portugal desde quando começou a megaoperação "Exotic Fruit", em fevereiro deste ano.
Segundo as investigações, Rubem Oliveira tornou-se “sócio” de Sérgio Carvalho a partir de 2018, ficando responsável por recrutar e organizar as cargas de drogas vindas da América do Sul até a Europa, com entrada por Portugal, via marítima e aérea. Rubem, o “Xuxas” foi preso em fevereiro deste ano, em operação chamada “Exotic fruit “, ou “fruta exótica”, em tradução livre. O nome faz referência ao esquema comandado por "Xuxas", que traficava cargas de cocaína em cargas de exportação de frutas, como banana e mamão. E, com a recente prisão de dois paraenses, estaria também traficando drogas em cargas de açaí.
"Xuxas" ainda tentou camuflar a fortuna que ganhou com o narcotráfico, mas a grande quantidade de automóveis de luxo que usava para se deslocar foi determinante para denunciar seu paradeiro. Entre os carros usados por ele, estavam Porsche, Mercedes e BMW. O narcotraficante foi preso no bairro dos Olivais, em Lisboa, capital portuguesa, após uma movimentação de dinheiro, que seria usado para a nova fuga dele. O destino escolhido tinha sido Madrid, na Espanha. Atualmente, ele está preso na penitenciária de alta segurança de Monsanto, em Portugal.