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Paraense presa na Indonésia: julgamento ocorre na próxima quinta (8), diz defesa

A data foi estabelecida após a penúltima audiência, ocorrida nesta terça-feira (30), que investiga a jovem por tráfico de drogas

O Liberal

O julgamento da paraense Manuela Vitória de Araújo Farias, 19 anos, tem data marcada. Segundo o advogado criminalista Davi Lira, responsável pela defesa da jovem, o acórdão – decisão do órgão colegiado de tribunal – ocorre na próxima quinta-feira (8). O dia da leitura da sentença foi estabelecido após as alegações finais da defesa, que aconteceram nesta terça-feira (30).  Manuela foi presa carregando cerca de 2,5 kg de cocaína no Aeroporto Internacional de Bali, na Indonésia,  no fim do dia 31 de dezembro de 2022 e as primeiras horas do dia 1º de janeiro de 2023. 

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Para Lira, a penúltima audiência do processo que investiga a Manuela por tráfico de drogas foi feita “toda dentro da normalidade prevista”. Na última terça-feira (23), o advogado conversou exclusivamente com a redação integrada de O Liberal e ele afirmou que o Ministério Público do país asiático parece ter reconhecido que a jovem não é narcotraficante internacional, ao sugerir pena de 12 anos de prisão em vez de prisão perpétua ou pena de morte, durante audiência realizada neste mesmo dia.

Os interrogatórios costumam ocorrer pela madrugada, já que o país asiático é 10 horas à frente do horário de Brasília, as sessões acabam acontecendo sempre entre 2h e 5h, conforme o relógio brasileiro.

 

Registros de conversas com criminosos compõem provas em favor da ré

Lira conta que a bagagem com a qual a jovem chegou à Indonésia não era dela anteriormente, mas foi dada pelo grupo que propôs a viagem. Segundo Davi Lira, há registros de conversas entre Manuela e os aliciadores que mostram que ela chegou a questionar sobre isso - o que sugeriria que ela não sabia que havia compartimentos escondidos na mala onde estavam os entorpecentes.

"Quando a Manuela aceita a proposta do grupo criminoso para viajar, em primeiro momento, ela diz que não tinha mala e que não estava preparada para fazer viagem internacional. É quando eles oferecem a ela a mala para ela viajar. Ela não sabia que havia compartimentos secretos. Conversas em aplicativos de mensagem também mostram que ela chegou a desistir da viagem, mas foi coagida a continuar", revela a defesa.

 

Relembre o caso

Manuela era moradora do bairro do Guamá, em Belém, capital paraense, mas também tinha casa em Santa Catarina, onde mora a mãe. No dia 2​​7 de janeiro deste ano, ela foi indiciada por tráfico de drogas, após ter desembarcado em Bali, na Indonésia, com quase três quilos de entorpecentes.

 

O advogado Davi Lira alegou que ela foi usada como “mula do tráfico”, enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surf para ela no país asiático.

Sobre as investigações a respeito do grupo criminoso, o advogado diz que o caso segue em sigilo pela Polícia Federal. Ela chega a afirmar apenas que Manuela chegou a conhecer o grupo cerca de seis meses antes da proposta de viagem, tempo que fez com que algum grau de confiança se estabelecesse entre eles. 

 

Polícia