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Novo Repartimento: Morte de trio em área de reserva indígena completa um ano nesta segunda (24)

Até hoje, familiares das vítimas não foram informados pelas autoridades sobre quem cometeu o crime e qual a causa da morte

O Liberal
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​A morte de Cosmo Ribeiro de Sousa, 29, José Luís da Silva Teixeira, 24, e Wilian Santos Câmara, 27, completa um ano nesta segunda-feira (24). As vítimas foram assassinadas em abril do ano passado, dentro da reserva indígena Parakanã, a cerca de 30 quilômetros do município de Novo Repartimento, no sudeste do Pará. Os corpos foram localizados pela Polícia Federal no dia 30 daquele mês, enterrados em uma cova rasa.

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Até hoje, as famílias seguem aguardando respostas por parte das autoridades. O inquérito apurado pela Polícia Federal está na reta final, segundo a instituição. Uma vez que as investigações sejam concluídas, o processo será remetido ao Ministério Público Federal (MPF), que poderá oferecer denúncia contra os inves​​tigados, para que eles sejam levados a julgamento.

Maria Gorete Borges da Silva, mãe de José Luís, disse que a única coisa que os parentes querem é Justiça. “Não queremos conflito. Só queremos que prendam os assassinos. Quando os nossos filhos não voltaram para casa, procuramos a polícia. Agora, eles não voltam mais”, desabafou.

O advogado Cândido Júnior, responsável pela defesa das três famílias das vítimas assassinadas, suspeita que o trio tenha sido morto por indígenas. “Temos testemunhas que viram o momento em que indígenas que estavam rodeando as motos das vítimas. Quem indicou o local onde as vítimas estavam enterradas foi um indígena. Até o momento, não há outra linha de investigação que não seja do envolvimento de indígenas”, disse ele.

As famílias ainda não sabem dizer como os caçadores morreram. De acordo com o advogado Cândido Júnior, os corpos, quando foram localizados, estavam com as mãos e pés amarrados para trás e não tinham nenhuma perfuração provocada por tiro ou arma branca. Após todo esse tempo, os parentes não receberam o laudo da morte dos três rapazes.

“Mesmo há um ano do crime, o inquérito não foi concluído. Possivelmente, já se pode ter os indiciados, a causa da morte e o modus operandi. Temos 90% de certeza que eles (vítimas) tenham sido enterrados vivas antes de morrer”, comentou o advogado.

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