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Mortes de policiais militares deixam em alerta o sistema de segurança pública do Pará

Apesar dos registros, Segup garante que nos últimos três anos o número de morte de agentes de segurança caiu 56%

Dilson Pimentel / O Liberal
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Em menos de 24 horas, dois policiais militares foram assassinados no Pará. Um no interior do Estado e o segundo, em Belém. A morte de agentes de segurança pública causa um grande impacto na sociedade. Afinal, eles são os servidores que protegem a população - "o braço armado" do Estado. E, quando são atacados, a população se sente indefesa e insegura. Em 2021, foram registradas 23 mortes de agentes de segurança pública no Estado do Pará. Em 2022, até o momento, foram computadas três mortes, informou a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup).

No final da manhã de terça-feira (25), o terceiro sargento da Polícia Militar Milton Carlos Silva de Menezes, 41 anos, foi assassinado por quatro homens em Bragança, nordeste do estado. Ele estava chegando em casa, estacionando a moto dele, quando um carro modelo Ford Fiesta preto para perto dele. O bando desce do veículo já atirando e seguem fazendo vários disparos, mesmo após a vítima estar no chão. A arma do policial militar foi roubada.

E, na manhã desta quarta-feira (26), o sargento Luis Fernando Monteiro Ferreira foi morto a tiros, em Icoaraci, distrito de Belém. O assassinato ocorreu na rua São Francisco, com a passagem Afonso Pena, às proximidades do hospital Abelardo Santos. Na semana passada, o guarda municipal de Belém Saulo de Tarso Rocha Bittencourt, de 45 anos, foi morto a tiros, em Ananindeua. Na noite de quinta-feira (20), ele foi abordado por assaltantes na porta de casa, no bairro de Águas Brancas. Depois de atirar na vítima, os criminosos também roubaram a arma usada por ele. No ano passado também mortes de policiais militares. 

Em junho do ano passado, Thiago Moura Cruz, de 27 anos, conhecido como soldado Cruz, integrante do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar do Pará, foi morto a tiros, na tarde do dia 1º, em Belém. Ele reagiu a uma tentativa de assalto, na travessa João Balbi, entre a avenida Visconde de Souza Franco (Doca) e a travessa Almirante Wandenkolk, bairro do Umarizal. De acordo com os populares que estavam no local do crime, Thiago havia acabado de sair de uma agência bancária e estava indo buscar o carro dele, estacionado a poucos metros de onde tudo ocorreu.

Em novembro, o cabo da Polícia Militar Hudson Conceição Rezende, de 40 anos, morreu horas após dar entrada no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência. Ele foi vítima de uma tentativa de assalto, nas primeiras horas da manhã do dia 20, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. Também em novembro, o sargento da reserva José Antônio Brito Souza, da Polícia Militar do Pará, foi assassinado a tiros na noite do dia 17, na passagem Mirtes, no bairro do Telégrafo, em Belém. Em outubro, foi morto, no dia 22, o guarda municipal André da Silva Cardoso. O servidor foi baleado quando estava entrando na casa dele, no bairro da Cabanagem. Ele ainda foi socorrido, mas morreu durante atendimento no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE). O caso segue em investigação.

Procurada para comentar essas mortes de policiais militares, a Associação dos Cabos e Soldados da Policia Militar e Bombeiros Militares do Pará (ACSPMBMPA) não se manifestou sobre o assunto.  Sobre as mortes registradas este ano, a Segup também informou que os casos estão sendo apurados pela Delegacia de Homicídios contra Agentes Públicos, da Polícia Civil. E ressaltou que, nos últimos três anos, o estado reduziu em 56% o número de morte de agentes de segurança pública, quando comparados com o ano de 2018 onde foram computadas 53 mortes.

A Segup destaca ainda que, desde o início da atual gestão, várias ações já foram realizadas para garantir mais proteção aos agentes de segurança pública, entre elas a construção de quatro conjuntos habitacionais voltados aos agentes do Estado; uma linha de crédito especial para o financiamento de imóveis a juros mais baixos; e a ampliação dos cursos de autodefesa para policiais militares.

E uma videoconferência, realizada na tarde de quarta-feira (26), definiu estratégias de enfrentamento aos recentes crimes que tiveram como vítimas policiais militares nos municípios de Bragança e Belém. Participaram da reunião virtual o secretário da Segup, Ualame Machado, e o comandante-geral da PM, coronel Dilson Júnior, acompanhado pelos coronéis que integram o alto comando da corporação e todos os comandantes intermediários da Polícia Militar na capital e no interior do estado.  

As medidas discutidas visam implementar ações preventivas para garantir a segurança dos agentes responsáveis pela preservação da ordem pública e buscar soluções para manter a redução da criminalidade no Estado pelo quarto ano consecutivo. "Estamos divulgando um alerta aos agentes de segurança pública, por meio do Subsistema de Inteligência do Sistema Integrado de Segurança Pública, para que os nossos policiais militares, civis, penais e os bombeiros possam elevar seu nível de alerta. Estamos com diligências, através da Polícia Civil, para prender os criminosos que praticaram atentados contra dois policiais militares e vamos redobrar as medidas de segurança, esteja o policial de folga ou de serviço”, disse o comandante-geral da PM, coronel Dilson Júnior.

 

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