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Moradores de vila no entorno do 'Mercadão das Peças' continuam desalojados

Nenhuma das casas foi diretamente atingida pelo fogo, porém, a área foi preventivamente evacuada. População teme saqueamentos.

Ana Carolina Matos/ O Liberal

Enquanto o trabalho de perícia criminal era iniciado no Mercadão das Peças, no bairro do Telégrafo, em Belém, moradores da Vila São José ainda tentavam saber para onde ir. Vizinhos diretos do prédio que ficou destruído após um incêndio de grandes proporções, a população da rua Frederico Scheneippe foi uma das mais afetadas pelas chamas. Ainda na manhã de segunda-feira (10), a Comissão de Defesa Civil de Belém realizou vistoria técnica em sete dos 14 imóveis localizados no local.

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Nenhuma das casas foi diretamente atingida pelo fogo, porém, a área foi preventivamente evacuada pelo Corpo de Bombeiros, por conta do risco de desabamento da parede lateral do prédio comercial. Por conta disso, as famílias foram retiradas às pressas do local.

Moradores cobram solução

"A gente ainda não sabe direito para onde ir. Até agora não deram uma solução pra gente. Ontem (segunda-feira, 10), eu fui por minha conta porque moro com um monte de idosa e não tinha como elas ficarem aqui, ainda mais com a fumaça. Paguei hotel por conta própria. Eles colocaram a gente em um só mofo e não podemos ficar lá. Precisamos de uma solução", pontuou Claudilene Luz, de 34 anos.

Ainda segundo a Defesa Civil, as sete casas vistoriadas pela Defesa Civil Municipal possuem maior proximidade com o comércio incendiado e por isso apresentam maior risco de sofrerem impactos, em razão do calor emitido durante o sinistro. Uma delas apresenta rachaduras e desplacamento cerâmico.

As demais casas da vila também receberão o serviço de vistoria da Defesa Civil de Belém. Os moradores foram desalojados e devem aguardar a autorização do Corpo de Bombeiros para retornarem às suas residências.

O medo de saques é constante

Os moradores também se preocupam com a segurança dos imóveis. "Ainda estão vendo essa questão de hotel. Eles também prometeram a questão da vigilância, mas a vigilância não ficou aqui. Também nos preocupamos das pessoas rondando aqui, como já vieram para tentar saquear. Um vizinho que ficou aqui disse que algumas pessoas ficaram olhando no portão", detalha Maria do Socorro Santos de Oliveira, de 58 anos.

Outros três imóveis localizados na rua Magno de Araújo, geminados ao local onde o fogo começou, ainda não foram liberados pelo Corpo de Bombeiros e serão vistoriados assim que a área for liberada para a realização do serviço.

Em nota, o Grupo Irmãos Teixeira, responsável pela gestão do "Mercadão das Peças", informou em nota que todas as providências cabíveis foram adotadas e que a Polícia Civil, a Defesa Civil e a seguradora foram acionadas. "Seguimos aguardando a conclusão das apurações das autoridades acima mencionadas e prestando todos os esclarecimentos necessários, inclusive através do nosso Departamento Jurídico (FFV Advogados)", finaliza o comunicado.

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