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Garimpeiro alvo da PF ostentava mansão com heliponto no Pará, diz jornal

A Polícia Federal identificou gastos milionários com helicópteros, lanchas, caminhonete importada e uma festa de casamento com a participação de duplas sertanejas famosas

Fabyo Cruz

A operação Ganância, deflagrada na última quinta-feira (7), pela Polícia Federal, revelou a vida de luxo que esbanjava Márcio Macedo Sobrinho, sócio da Gana Gold, atual M.M Gold, empresa investigada por garimpo ilegal no Norte do Brasil. De acordo com jornal Folha de São Paulo, o empresário possuía uma mansão de luxo com heliponto no município de Novo Progresso, no sudoeste do Pará.  

"Chama a atenção a ostentação da residência de Márcio no Município de Novo Progresso/PA, de onde gerencia toda a estrutura de seus garimpos ilegais no estado, totalmente destoante dos demais imóveis da região, sobretudo por contar com heliponto próprio no imóvel", diz um documento da PF anexado ao pedido de buscas e prisões.

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Também foram registrados gastos com helicópteros, lanchas, caminhonete importada e uma festa de casamento de Macedo, com a participação de duplas sertanejas famosas. Bruno e Marrone, dos clássicos Dormi na Praça e Choram as Rosas, e Jads e Jadson cantaram no evento, de acordo com o jornal.

As investigações indicam que a empresa Gana Gold "esquentava" o ouro extraído ilegalmente em garimpos da região Norte do país. Para isso, ela se valia de licenças ambientais inválidas, extrapolando os limites de pesquisa que possuía. Segundo a reportagem, o relatório da Polícia Federal mostra a movimentação financeira de Macedo e de seu grupo empresarial e aponta que, entre os anos de 2020 e 2021, a exploração ilegal de ouro rendeu cerca de R$ 1,1 bilhão ao garimpeiro.

De acordo com a PF, o grupo empresarial liderado por Macedo é suspeito de garimpo ilegal de ouro e teria movimentado cerca de R$ 16 bilhões entre 2019 e 2021. Parte dos valores proveniente do garimpo teria sido lavada em criptomoedas.

Operação Ganância

 

As investigações da Operação Ganância começaram em fevereiro de 2021 após uma denúncia envolvendo empresas de Porto Velho/RO ligadas ao ramo da saúde, as quais estariam lavando dinheiro de valores recebidos em licitações fraudulentas. Após as primeiras diligências, verificou-se que recursos ilícitos injetados em empresas da capital rondoniense eram oriundos de garimpo ilegal, praticado, pelo menos, desde 2012 pelos líderes da organização criminosa.

Policiais federais cumpriram 65 mandados judiciais, sendo 5 de prisões preventivas e 60 de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal de Porto Velho/RO, nos estados de Rondônia, Pará, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Acre.

 

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