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Estado tenta resolver violência em escolas com polícia

Plano de enfrentamento foi anunciado nesta sexta, após uma onda de ameaças de ataques e um estudante ferido, mas sem prazo concreto para começar

O Liberal
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As secretarias de Estado de Educação (Seduc) e Segurança Pública e Defesa Social (Seduc) anunciaram, nesta sexta-feira (31), medidas de combate às violências e ameaças de ataques em escolas, registradas nesta última semana no Pará. Uma coletiva foi feita para tratar do caso do aluno da escola estadual Palmira Gabriel, localizada no bairro Tenoné, em Belém, esfaqueado por outro na tarde de quinta-feira (30). Apesar da divulgação das iniciativas, algumas das ações apresentadas não ganharam data de quando serão colocadas em prática.

Dentre as providências de segurança, o titular da Segup, Ualame Machado, assegurou a contratação de até 1 mil policiais da reserva no reforço a segurança das unidades educacionais paraenses mais vulneráveis, juntamente com a implementação de videomonitoramento nas escolas, a qual o governador Helder Barbalho enviará um Projeto de Lei.

Além disso, um gabinete de Segurança e Proteção Escola será criado na Seduc, para cuidar de eventos como o da última quinta-feira (30), quando um aluno esfaqueou o outro na escola estadual Palmira Gabriel, no bairro do Tenoné, em Belém.

Um dos pontos destacados foi o reforço policial e de rondas em escolas do Estado. A pretensão inicial é de que dez escolas, que não foram informadas quais são, sejam contempladas com essa determinação. No entanto, Ualame acredita que a segurança nas escolas vai muito mais do que encher os colégios de policiais.

“Desde o episódio em São Paulo (na escola estadual Thomazia Montoro, ocorrido no início desta semana) tivemos uma potencialização de informações de possíveis ataques, invasões e lesões. A Cipoe tem atendido todas essas ocorrências e cabe a nós fazermos o filtro delas. A escola onde ocorreu esse caso (Palmira Gabriel) não tinha qualquer denúncia referente ao ataque. Tivemos o episódio no IFPA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará), em uma escola militar e uma particular.

É algo bem mais amplo do que a atuação de forças de segurança. Todas as escolas que nos demandaram estamos conversando com os diretores. Houve um caso de mensagens (ameaças), mas que o objetivo do aluno que divulgou a mensagem era que não tivesse aula. Isso compreende um efetivo grande. Está relacionado a um problema que é da sociedade, das escolas e das famílias. Nosso objetivo não é encher as escolas de policiais e sim, trabalhar em conjunto, prevenção, o acompanhamento e a interligação da Segup com a Seduc”, disse Ualame.

O aplicativo “Alerta Pará Mulher”, criado para proteção de mulheres que possuem medidas protetivas por meio da Lei Maria da Penha, ganhará uma funcionalidade para violência nas escolas. A utilidade servirá para que diretores entrem em contato rapidamente com as forças de segurança, em casos de violência escolar. Apesar do anúncio, nenhuma data foi revelada. 

Por outro lado, já autorizada por Helder Barbalho no dia 6 de março, a coletiva evidenciou a contratação de 42 psicólogos e outros 42 assistentes sociais para cada Unidade Regional de Ensino (URE) e Unidade da Seduc na Escola (USE). Rossile estipula que, pelo menos, 200 escolas estaduais possam ser beneficiadas com esses planos.

 “Os psicólogos serão para a rede estadual como um todo. Eles estarão nas Unidades Regionais de Atendimento. Lembrando que psicólogos e assistentes sociais não são para atendimento clínico, mas de formação e acompanhamento dos nossos profissionais, dos jovens e, a partir disso, desencadear uma rede autônoma. Temos 38 mil funcionários na Seduc e precisamos que todos tenham um processo de formação que dê suporte aos nossos estudantes, como dialogar e identificar os sinais. Estamos fazendo uma pesquisa para identificar quais são as prioridades. Certamente vamos iniciar nos grandes centros de Região Metropolitana, como em Belém, Ananindeua, Santarém, Marabá, Parauapebas e outras cidades, que compõem uma lista de 200 escolas de atendimento”, esclareceu o secretário da Seduc.

Aluno esfaqueado na Almira Gabriel

O secretário de Educação do Pará (Seduc), Rossieli Soares, disse durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (31), que o aluno esfaqueado na barriga por outro estudante na escola estadual Palmira Gabriel, bairro do Tenoné, em Belém, registrou melhoras na saúde. No entanto, o caso dele ainda é considerado grave.

"Estive, junto com o secretário Ualame Machado e o governador Helder Barbalho no hospital onde a vítima está sendo atendida. O caso dele ainda é grave, mas já obteve uma melhora no quadro clínico de quinta (30) para esta sexta (30). Vamos esperar o Boletim Médico do garoto nesta tarde para vermos se a família autoriza a divulgação do estado dele", relatou Rossieli.

No mesmo dia do ataque, a Polícia Militar apreendeu o adolescente responsável pela violência. O garoto suspeito de cometer o esfaqueamento, que tem 17 anos,  foi encaminhado à Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data).

Na mochila dele, além da faca usada no ataque, teriam sido encontrados uma machadinha, estilete, cortador de unha, luva, dentre outros materiais, como informou uma fonte da polícia à reportagem de O Liberal.

O titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Segup), Ualame Machado, informou que por conta do suspeito de ter cometido o ataque se tratar de um adolescente de 17 anos,  o caso é investigado como um ato infracional, equiparado a uma tentativa de homicídio. "Já escutamos os professores, a genitora dele e alguns alunos. Ele (jovem apreendido) já andava com faca. O adolescente atuou sozinho na hora do ataque. Mais detalhes serão ditos no inquérito que investiga o caso", comentou Ualame.

A previsão de retorno das aulas presenciais na escola onde ocorreu o ataque é na próxima semana, possivelmente, a partir de terça-feira (4).

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