Homem é preso em Belém por estuprar criança de 11 anos
De acordo com as investigações, o crime ocorreu entre a noite do dia 14 e a madrugada de 15 de junho, quando a criança ficou sob os cuidados do suspeito
Um homem foi preso, na manhã da quinta-feira (10), no bairro Tenoné, em Belém, durante a operação “Avós do Silêncio”, deflagrada para dar cumprimento a mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão pelo crime de estupro de vulnerável contra uma criança de 11 anos de idade. De acordo com as investigações, o crime ocorreu entre a noite do dia 14 e a madrugada de 15 de junho, quando a criança ficou sob os cuidados do investigado, considerado pessoa de confiança da família.
A ação foi conduzida pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca/CPC), com apoio do Grupo de Trabalho de Apoio a Vulneráveis (GTV/NIP), ambos vinculados à Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), da Polícia Civil do Pará.
Segundo a polícia, o suspeito se aproveitou da ausência da responsável da criança para praticar os abusos. Após os crimes, a vítima relatou os acontecimentos à avó materna, que inicialmente acolheu o relato, mas depois apagou uma gravação feita pela criança com indícios dos abusos, o que levantou suspeitas de tentativa de ocultação de provas, ainda de acordo com a PC.
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“Apesar disso, a denúncia foi formalizada. Imediatamente iniciamos as investigações, reunindo diversos elementos probatórios, incluindo escuta especializada da vítima, diligências de inteligência e oitivas de testemunhas. Com base nas evidências, representamos pela prisão preventiva do suspeito, o que foi deferido pela Justiça”, destaca o delegado João Castanho da Deaca.
A prisão foi realizada por volta das 6h30 da manhã, e o investigado foi conduzido à unidade policial para interrogatório. Após os procedimentos, ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.
Dinâmica familiar
A operação “Avós do Silêncio” faz alusão à dinâmica familiar revelada durante a apuração, em que tanto o investigado, tratado como figura de avô pelas crianças, quanto a avó materna da vítima, agiram para tentar silenciar a criança e ocultar os crimes cometidos. “A operação representa, portanto, a quebra desse ciclo de silenciamento, reforçando o compromisso do Estado em proteger crianças e adolescentes, independentemente de quem sejam os autores ou cúmplices dos abusos”, explica o delegado João.
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