Estudantes da UFPA mortos em acidente serão homenageados em escola de Belém
Welfeson, Leandro e Ana Letícia darão nome a espaços da Escola Municipal Edson Luiz, no bairro do Guamá
Os três estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) que morreram em um acidente na rodovia BR-153, em Goiás, serão homenageados pela Prefeitura de Belém com nomes em espaços da Escola Municipal Edson Luiz, localizada no bairro do Guamá. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (28) pelo prefeito Igor Normando durante a entrega da nova quadra poliesportiva da unidade.
Os jovens Welfeson Campos Alves, Leandro Souza Dias e Ana Letícia Araújo Cordeiro estavam a caminho do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) quando o ônibus da UFPA sofreu o acidente no dia 18 de julho. Eles serão lembrados em diferentes ambientes da escola, atualmente em processo de revitalização.
Reforma da escola inclui acessibilidade e combate a alagamentos
A unidade de ensino passava há 10 anos sem reformas estruturais. Durante o evento, o prefeito assinou uma ordem de serviço para a requalificação completa da escola, com investimento de R$ 3 milhões. A quadra foi entregue por meio do projeto "Brincando na Quadra", realizado com apoio da Lei de Incentivo ao Esporte e parceria com a Associação Fábrica de Saúde.
“Essa é uma entrega simbólica. Mais do que uma quadra nova, é o início da reconstrução de toda a escola, que será praticamente nova”, disse Normando.
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Famílias relatam alívio com fim dos alagamentos
Moradora do conjunto Riacho Doce, Geiziely Borges, de 32 anos, mãe da aluna Helena, de seis anos, afirma que os alagamentos constantes prejudicavam o acesso às salas de aula. “As áreas do jardim 1 e 2 alagavam sempre. Espero que agora o problema seja resolvido”, declarou.
Ela também elogiou a qualidade do ensino: “A educação é ótima. Minha filha já está lendo e escrevendo. Meus outros dois filhos também estudaram aqui, mas a quadra estava inutilizável por muito tempo. É muito gratificante ver tudo reformado”.
Obras seguem por 120 dias com aulas virtuais
A previsão é que as obras durem 120 dias. Enquanto isso, os estudantes terão aulas virtuais. O secretário municipal de Educação, Patrick Tranjan, ressaltou que o objetivo é tornar a escola mais acolhedora para alunos e comunidade.
“Temos um passivo da pandemia. É preciso recuperar o vínculo das crianças com a escola. Estruturas adequadas ajudam nesse processo”, afirmou. Segundo ele, cerca de 10% das escolas da rede municipal estão em obras atualmente, e a expectativa é alcançar 20% até o fim do ano, com um total de R$ 35 milhões em investimentos.
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