Semas acompanha morte de peixes em igarapé de Inhangapi, no Pará

As amostras do igarapé já estão em análise e os resultados devem ser divulgado em seis dias

O Liberal
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Após a denúncia de moradores da comunidade quilombola Jesus de Pitimandeua, em Inhangapi, acerca de uma possível poluição ambiental em um igarapé do município, amostras de água e dos animais foram coletados para uma análise laboratorial para definir o que poderia ter causado a mortandade de peixes e o forte odor no local.  

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), já acompanha o caso junto com as autoridades responsáveis do município. O Presidente da Associação dos Quilombolas, Valberto de Alberto Maia, acompanhou todas as atividades no entorno do igarapé e continua orientando os moradores para o não uso do local para pesca e atividades de lazer.

"Nesta terça-feira (4), a situação do igarapé melhorou devido à forte chuva que ocorreu no município e afastou o forte odor que estava presente no local, mas a proibição para banho ainda está feita", afirma o agricultor familiar. A Secretaria de Meio Ambiente de Inhangapi, acionou os responsáveis pela fiscalização e também foi ao local para averiguar a possível contaminação do igarapé.

Foram feitas coletas de água em diversos pontos do local e de peixes. O material coletado foi encaminhado para o Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), responsável pelas análises físico, química e bacteriológica do estado.

"A equipe foi classificando, criteriosamente, os pontos e excluindo os afluentes não contaminados do igarapé de Pitimandeua e montado as amostras para o laboratório Lacen. Também foi encaminhado um documento com notificação do Ministério Público para dar maior agilidade neste caso. Durante o período de investigação, foi proibido o acesso ao igarapé devido ao desconhecimento do material que teria ocasionado a situação", explica secretário da Secretaria de Meio Ambiente de Inhangapi, Erberth Carvalho. O resultado das amostras devem ser divulgadas em torno de seis dias. 

Entenda o caso 

No dia 1° de janeiro, os moradores da comunidade quilombola Jesus de Pitimandeua, no município de Inhangapi, acharam diversos peixes mortos no igarapé do município. Além disso, um forte odor estava presente no local. Ao constatar a situação, os próprios banhistas orientaram que não fosse utilizado o igarapé devido ao desconhecimento do que teria ocasionado a mortandade dos animais. 

Foi a primeira vez que um problema dessa natureza ocorreu no igarapé da comunidade de Pitimandeua. O professor quilombola Aiala Colares explica que a possível contaminação afetou a atividade da pesca, usada como meio de subsistência e atividades de lazer dos moradores. "Isso nos deixou muito assustados. Já sofremos com uma série de problemas ambientais que envolvem queimadas, desmatamento, poluição e a violência que assola os moradores da comunidade que precisa sair pra trabalhar em estrada de chão batido. E mais esse problema que envolve o igarapé que é usado de diversas formas pelas pessoas", pontua Aiala Colares.

(Karoline Caldeira, estagiária sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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