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Respiradores escondidos: governo havia rompido com OS que administrava hospital

Sespa e Hospital Abelardo Santos têm 10 dias para informarem o que ocorreu no caso dos 19 respiradores encontrados em Icoaraci

Redação integrada de O Liberal
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Ao se manifestar nas redes sociais neste domingo (18), sobre a denúncia de que foram descobertos 19 respiradores sem uso, em março deste ano, no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Icoaraci, o governador Helder Barbalho destacou que “a Secretaria de Saúde (Sespa) rompeu com a OS que administrava o Hospital Abelardo Santos”.

“No último dia 22 de março, numa das inspeções de passagem de uma administradora para outra, foram encontrados 19 respiradores em uma sala, sem utilização. Imediatamente a Secretaria solicitou a disponibilização dos aparelhos para rede pública e instaurou uma sindicância para apurar o fato. Se for comprovado o prejuízo, os responsáveis serão processados”, enfatizou o governador.

 

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A denúncia é apurada pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). O 4º promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa de Belém, Rodier Barata Ataíde, em despacho datado de 14 de abril, determina que a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e o HRAS prestem, no prazo de dez dias, informações sobre a denúncia.  O assunto foi tema de reportagem exibida no programa “Fantástico”, da Rede Globo, ontem.

O Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (Issaa), organização social de saúde (OSS) que é responsável pela administração do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, no distrito de Icoaraci, em Belém, publicou ontem uma nota em que nega a denúncia de que havia 19 respiradores escondidos em uma parede falsa na unidade, conforme matéria publicada na imprensa. A nota da OSS, encaminhada oficialmente por meio da Sespa, diz ainda que as máquinas já estão em uso. 

A denúncia surgiu em matéria da CNN Brasil, publicada na tarde deste sábado (17). Segundo a reportagem, uma vistoria feita no Abelardo Santos descobriu os novos respiradores em uma parede falsa, em  uma sala da unidade hospitalar, durante o processo de troca de gestão da OSS  Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu, que administrava o hospital, em 22 de março.

image O Abelardo Santos, em Icoaraci: mudança de gestão (Tarcísio Carvalho / Agência Pará)


Itens eram procurados, diz funcionária


Encaminhada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a nota emitida pela direção do Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (Issaa) destaca que os equipamentos foram “identificados na troca da gestão” e “estavam em uma sala nas dependências do hospital”.

Segundo a OSS, após uma análise técnica, os 19 respiradores foram “imediatamente colocados em uso, o que possibilitou a abertura de mais Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivas aos pacientes com a covid-19”. A direção do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos ressaltou que “uma investigação interna está sendo realizada para apurar os fatos”.

De acordo com a apuração da CNN, uma funcionária do hospital, que preferiu não se identificar, afirmou que os respiradores estavam atrás de uma parede falsa no auditório do prédio, e que foi preciso quebrar a parede para ter acesso aos equipamentos. Segundoela, o patrimônio do hospital é contabilizado e os 19 respiradores foram registrados, mas estavam desaparecidos, e o setor financeiro da Sespa estava à procura dos equipamentos.

A OSS Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu ainda não se manifestou até o momento.

image UTI de pacientes com covid-19 do Abelardo Santos: MPPA pede esclarecimentos (Tarso Sarraf)
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