Publicação da Vale revela relação entre as Florestas de Carajás e as comunidades

Organizado pelo Instituto Tecnológico Vale, o livro Capital Natural é pioneiro e reúne estudos de 60 pesquisadores e colaboradores

O Liberal

Será lançado, no período de 29 de outubro a 10 de novembro, o livro “Capital Natural” das florestas de Carajás, uma pesquisa desenvolvida no Instituto Tecnológico Vale. A publicação, que apresenta diversos dados e informações sobre os benefícios da floresta, é pioneira e fruto da atividade em campo e de estudos realizados por 60 pesquisadores e colaboradores ao longo dos últimos cinco anos em Carajás. 

“Este livro é muito oportuno para o presente momento, no qual a biodiversidade amazônica, o capital natural e a bioeconomia surgem com vigor nas discussões políticas globais e nas projeções para o uso sustentável e conservação da região”, diz a professora emérita da Universidade de São Paulo (USP), Dra. Vera Lucia Imperatriz Fonseca, ex-pesquisadora do ITV e referência brasileira em ciência.

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São 27 capítulos que trazem informações inéditas sobre as funções ecológicas que mantêm a floresta, os benefícios para o bem-estar humano e as contribuições para conservação e mitigações das mudanças globais. “É a primeira vez que uma área florestal amazônica preservada é estudada sob vários aspectos, do estoque de carbono, da fauna e da flora.”, ressalta Vera.

A publicação tem a parceria do Museu Emilio Goeldi e reúne autores de instituições diferentes, incluindo universidades, institutos de pesquisa, órgãos públicos e empresas.

Capital Natural

O Diretor Científico do ITV, Guilherme Oliveira, explica que o capital natural, que dá nome ao livro, engloba a riqueza dos recursos naturais somados aos benefícios essenciais para a humanidade que esses recursos proporcionam. “É termos uma visão da natureza para si mesma como a diversidade e a interação das espécies e ao mesmo tempo uma visão e o valor da natureza para as pessoas como a proteção das águas e seu efeito no fluxo dos rios, a regulação do clima, a polinização agrícola, o uso das árvores para alimentação e medicina e o estoque de carbono”, diz.

A pesquisadora Tereza Cristina Giannini enfatiza a importância do trabalho pioneiro. “Esse é o primeiro levantamento desse tipo feito para uma floresta tropical dentro do Bioma Amazônico. Uma das principais contribuições do projeto foi definir uma metodologia inédita para avaliar esse estoque de recursos baseada, em grande parte, em dados de campo. E a outra é o aprofundamento do conhecimento sobre a natureza presente na região após os anos de coletas de dados sobre biodiversidade”.

Valéria Tavares, pesquisadora e líder do grupo Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos do Instituto Tecnológico Vale diz que a publicação não deixa de ser também um convite. “É algo chave para refinarmos ações de conservação da natureza de maneira sustentável, provocar construções de governança participativa e também inclusão, ao trazer as pessoas para efetivamente participarem do protagonismo coletivo de um maior equilíbrio com a natureza”, conclui.

Lançamento

O livro “Capital Natural das Florestas de Carajás” será lançado no Congresso Nacional de Botânica, que acontecerá no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, no período de 29 de outubro a 4 de novembro deste ano. E também no Congresso de Gestão do Conhecimento e Sociobiodiversidade das Áreas Protegidas de Carajás, que ocorrerá em Parauapebas no período de 8 a 10 de novembro. 

Floresta Nacional de Carajás

A Floresta Nacional de Carajás é protegida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com a parceria da Vale. A área continua conservada há mais de 40 anos. Na unidade de proteção ambiental cujo uso é sustentável em que são permitidas outras atividades econômicas, são operadas pela Vale também as unidades de mineração Carajás Serra Norte e Serra Sul e também atividade de coleta de sementes e extração do jaborandi realizadas pela Coex. A Flona compõe o conjunto de unidades de conservação de Carajás, que se estende por 800 mil hectares, maior área de floresta contínua do sul e sudeste do Pará, equivalente a 7,5 vezes o tamanho da cidade de Belém.

 

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