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Programa 'Doenças Ortopédicas da Infância' muda a vida de mais de 1.500 crianças

Hoje, o Pará é o único no Brasil que tem um programa específico para atender crianças a doença “Pé Torto Congênito” (PTC)

O Liberal

O programa “Doenças Ortopédicas da Infância”, do Governo do Estado, alcançou a marca de 1,5 mil crianças beneficiadas. Hoje, o Pará é o único no Brasil que tem um programa específico para atender crianças com a doença “Pé Torto Congênito” (PTC). O início do programa trouxe um novo cenário para o atendimento ortopédico pediátrico no sistema público de saúde do Pará, que há 15 anos não oferecia esse serviço especializado.

No Pará, uma em cada mil crianças nasce com pé torto congênito (PTC), considerada uma deformidade complexa que comprom​ete todos os tecidos músculo-esqueléticos distais ao joelho. Ao todo, mais de 1500 procedimentos foram feitos desde setembro de 2020 até o fim de dezembro de 2023.

A pequena Kátia Sofia, de 11 anos, moradora de Alenquer, foi uma das atendidas pelo programa do Governo do Pará. Ela nasceu com PTC e fez a cirurgia de correção em novembro do ano passado.

“Receber esse atendimento foi uma coisa maravilhosa para a gente. Há mais ou menos três anos, a Sophia começou a apresentar algumas dores e uma deformação nos pés, foi quando a trouxe para Belém e levei em três especialistas que informaram que a única opção era a cirurgia, mas não tínhamos Kátia Machado, dinheiro para pagar. Foi então que uma vizinha me falou sobre o programa do Governo do Estado”, explicou Kátia Machado, avó da criança.

Inicialmente, Machado foi até uma Unidade Básica de Saúde, pegou encaminhamento e já na primeira consulta no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) a médica solicitou exames para agendar a cirurgia, que foi realizada no Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS). “Todo o atendimento durou menos de três meses. Agradeço muito ao Governo do Pará por esse programa que curou a minha neta”, complementou.

Como solicitar atendimento para doenças ortopédicas

O fluxo de atendimento começa com encaminhamento dos pacientes via Sistema Estadual de Regulação, então, é realizada uma avaliação inicial no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), com realização de exames. Caso exista indicação de cirurgia, o paciente sai com a documentação para fazer o procedimento, além de todo o processo de risco cirúrgico. Após isso, o paciente é encaminhado para o HRAS, onde é feito o agendamento da cirurgia. O CIIR também garante o acompanhamento do pós-operatório do paciente, com sessões de fisioterapia.

Atualmente, no HRAS, a capacidade de realização de cirurgias ortopédicas para crianças foi aumentada de 50 para 80 cirurgias por mês. A equipe do HRAS envolvida nesses atendimentos conta com quatro ortopedistas que possuem títulos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, além de um médico especialista em alongamento e reconstrução óssea que, juntos, oferecem condições de tratar 33 doenças nesse segmento de saúde.

Já o CIIR dispõe de uma equipe de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que atua no processo pré e pós-operatório. O Centro tem capacidade atual de ofertar, mensalmente, 500 consultas de ortopedia infantil, além de 200 gessos. O CIIR também produz órteses fundamentais para a recuperação dos pacientes infantis.

O médico ortopedista Renato Arraes, que também coordena o Programa "Doenças Ortopédicas da Infância", avalia os benefícios do projeto. “Atendemos pacientes de todo o Estado e o Governo do Pará vem mudando a vida de muitas crianças. Já atendemos 1,5 mil crianças e agora, com a ampliação do programa, queremos reduzir bastante o tempo de espera desses pacientes e atender a população do estado da melhor maneira possível”, detalhou.

Já o secretário adjunto de Gestão de Políticas de Saúde da Sespa, Sipriano Ferraz, falou sobre os êxitos do “Doenças Ortopédicas Na Infância”: “São mais de trinta patologias tratadas pelo programa, de baixa a alta complexidade. Temos o orgulho de dizer que este programa está servindo de exemplo pelo país, sendo copiado como política pública pelo Ministério da Saúde para ser ofertado para outros Estados”.

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