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Problemas no porto de Vila do Conde persistem

Vídeos enviados à Redação Integrada de O Liberal ilustram sofrimento de caminhoneiros

Victor Furtado

Caminhoneiros seguem sem saber quando poderão descarregar e sair do porto de Vila do Conde, em Barcarena. Alguns motoristas estão na fila há mais de uma semana. O problema se deve à sobrecarga na capacidade de atendimento do espaço, que é operado pela Companhia Docas do Pará (CDP).

Apenas uma balança de carga está funcionando e só um operador do equipamento trabalha por turno. A isso se somam caminhões com sobrepeso e documentação irregular gerada pelos contratantes dos serviços. Pelo menos 50 caminhões ainda estão no porto e sem qualquer previsão de saírem.





DENÚNCIAS

Novos vídeos mostrando a situação no porto foram enviados à Redação Integrada de O Liberal. Foram produzidos neste domingo (9) e mostram uma longa fila de veículos, agora dentro do espaço do porto. O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens no Estado do Pará (Sindicam) confirma os problemas relatados pela categoria. Após denúncias virem à tona, na semana passada, quem estava do lado de fora do porto foi colocado para dentro.

Enquanto esperam pela vez, os caminhoneiros estão cansados e reclamando de maus tratos. Os trabalhadores não têm onde se alimentar e os estoques de água estão acabando. Não há banheiros, obrigando-os a fazer necessidades fisiológicas nas matas do entorno, sem poder fazer higiene pessoal. Por cada dia parado, estão perdendo dinheiro e prolongam o tempo afastado da família e de descanso adequado.

Pelas distâncias e por não poderem deixar os veículos parados, nem têm como sair do porto mais para procurar comida e água. Qualquer revolta ou reclamação, segundo as denúncias, resulta em ameças de "corte de placa", que significa o banir o caminhoneiro do porto.

Desde quinta-feira a Redação Integrada de O Liberal vem contatando a Companhia Docas do Pará (CDP) para obter explicações sobre todas as denúncias dos caminhoneiros e sindicato. Até agora, após três pedidos de posicionamento diferentes, ainda não houve retorno. Na sexta-feira (7), houve uma reunião entre a CDP, Sindicam, funcionários do porto e representantes do Ministério dos Transportes. O órgão federal ficou de tomar providências nesta semana.
 

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