Preço do pato, do peru e do frango encarecem almoço do Círio deste ano

O preço do vivo pato com três quilos e meio, um dos
principais itens do almoço do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, é
comercializado até R$ 120. A informação faz parte do levantamento feito pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese/PA)
sobre os preços dos componentes do tradicional almoço do segundo domingo de
outubro para os paraenses.

De acordo com a pesquisa, "o pato, a maniçoba, o peru,
o frango e outros produtos/ingredientes estão bem mais caros que no mesmo período
do Círio do ano passado". As altas não foram lineares e dependem do
produto, da marca e do local de compra".

Até a quarta-feira (4), a quantidade de patos vivos à
disposição dos consumidores nas principais feiras livres de Belém "ainda
era muito pequena e com preços em alguns casos chegando mais de R$ 100 reais
(pato de 3,5 kg)".

A deste final de semana, deverá crescer o número de aves
vivas nas feiras livres, e, assim, ocorrerá um maior equilíbrio nos preços, de
acordo com o Dieese/PA. Os patos vivos encontrados nas feiras livres pesam de
dois quilos e meio a três quilos e meio, com preços que variam entre R$ 70,00 a
R$ 120 - alta nos preços em torno de 12,00% em relação ao Círio 2017. Os patos
vêm de Castanhal, Região das Ilhas, Abaetetuba, Capanema e Bragança.

Já a oferta de patos congelados, comercializados, sobretudo,
em supermercados, tem aumentado a cada ano. As redes de supermercado da Grande
Belém comercializam o pato congelado, oriundo de Santa Catarina, com preços
entre R$ 15,85 a R$ 16,35.

Para este Círio, os supermercados colocarão à venda mais de
200 toneladas de pato congelado, 400 toneladas de peru, fora as toneladas de
frango resfriado e congelado. Os patos congelados correspondem a mais da metade
do consumo no Círio. "É possível que no início da semana que vem na reta
final para o Círio haja uma oferta maior de produtos, principalmente do pato, e
consequentemente uma queda ou estabilização maior de preços", afirmou
Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese/PA.

Maniçoba - Pela pesquisa, os principais produtos e
ingredientes do almoço do Círio tiveram reajustes expressivos em relação ao Círio
2017, como o pato, peru, maniva/maniçoba e tucupi. Resta ao consumidor
pesquisar preços dos produtos.

"A maniçoba, outro produto de peso no almoço do Círio,
também deverá estar mais cara que no Círio do ano passado, principalmente,
pelas altas expressivas nos principais produtos/ingredientes que são utilizados
no seu preparo, como a maniva e produtos oriundos do porco". O prato da
maniçoba é comercializado, hoje, na Grande Belém, com preços oscilando entre R$
10 a R$ 15.

O jambu e a alfavaca, complementos do almoço do Círio, estão
mais caros este ano - nas feiras livres, podem ser encontrados na média R$ 2 o
maço. Em supermercados, o maço do jambu pode ser encontrado com preços entre R$
1,50 a R$ 1,60. Já o maço da Alfavaca sai por preços oscilando entre R$ 0,90 a
R$ 1,05.

Nos supermercados da Grande Belém, o pernil suíno custa em
média R$ 14. O peru também está mais caro este ano, com preços variados - o
peru congelado custa em média R$ 17,19, e o peru temperado sai na média de R$
14,86 o quilo.

O frango resfriado custa em média a R$ 6,48, com  pequena alta de preço em relação ao Círio
2017. O frango congelado é vendido em média a R$ 4,98.

O tucupi está mais caro em relação a 2017, com reajuste de
preço variando de 5% a 10%, dependendo do local de compra em feiras ou
supermercados. A garrafa pet de dois litros do produto é vendida nas feiras
livres na média de R$ R$ 6,50 (com os preços variando entre R$ 5 a R$ 12). Nos
supermercados, o produto sai a R$ 11,20 e R$ 14, dependendo da marca e local de
venda.