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Potencial turístico dos balneários de Castanhal precisa de atenção

Atrativos são inúmeros, mas ainda falta muita estrutura e adequações necessárias para receber bem os turistas

Patrícia Baía
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Castanhal tem um forte potencial turístico de balneários na zona urbana, como os da vila do Apeú e nas agrovilas. As opções são com lago, açudes, olho d’água, piscinas naturais e os famosos igarapés. Os balneários são cercados de vegetação nativa e muitos oferecem espaço para prática esportiva como as trilhas ecológicas.

Porém as belezas naturais não são o suficiente para atrair incluir os balneários nas rotas turísticas das empresas do seguimento, como explica a empresária Narmy de Paula Silva, proprietária de uma empresa de turismo em Castanhal.

“Atuamos desde 2019 a Rota Turística Belém- Bragança que inicia por Castanhal. Os atrativos são inúmeros, mas sabemos que aqui falta muita estrutura e adequações necessárias para receber o turista e por isso muitas empresas e até mesmo os turistas que passam por Castanhal não encostam por falta de estrutura desses locais”, observou Narmy de Paula.

As adequações que precisam ser feitas e observadas pelos turistas, de acordo com a empresária são desde rampa de acesso aos cadeirantes e idosos com maior dificuldade de mobilidade, e banheiros também destinados a esse público.

“Hoje a gente percebe que as pessoas viajam muito em família e todos tem um idoso, uma criança com algum deficiência e os donos de balneários precisam ter essa preocupação. Então precisa ter rampa de acesso, um local onde o idoso se sinta acolhido. A alimentação também precisa ser vista com relação a manipulação e ainda tem a questão de que os pets, que também são da família, viajam com seus donos e os locais precisam ser petfriendly”, disse a empresária.

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, a coordenação de projeto de turismo do município passou recentemente para Secult e desde então está sendo desenvolvido um trabalho visando a valorização do município de Castanhal que passa também pelo turismo dos balneários.

“O primeiro passo que demos foi a atualização do Inventário de Ofertas Turísticas – IOT, que há 21 anos não era atualizado e foi feito esse trabalho no ano passado e desde então começamos a buscar mecanismos que evidenciem esses lugares dentro da cidade, com a parceria do SEBRAE e a Secretaria Estadual de Turismo para qualificar esses espaços com potencial turísticos”, explicou Janete Oliveira, titular da Secult.

A turismóloga e Coordenadora de Projetos de Turismo da Secult, Carla Paiva, contou que no IOT estão atualmente seis equipamentos de lazer que são o Guará Aqua Parque, Parque das Aguas, Sítio Odnumiar, Irley, Arte Fazenda Renascer e balneário São Raimundo.

“Esses foram os primeiros que entraram por que se adequam as necessidades dos turistas, mas começamos ainda ano passado o projeto “Circuito das Águas” e visitamos nove balneários ao todo, além desses que já estão no IOT, para fazermos um material de divulgação de cada um como opção para os castanhalenses que preferem ficar na cidade e nas vistas conversamos e damos muitas orientações técnicas sobre atendimento ao turista”, contou.

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Resistência

A maioria dos balneários do município pertence a famílias e até mesmo moram no local. A coordenadoria observou um cera resistência a fazer mudanças na forma deles trabalharem, já que estão com a atividade há décadas e pensam que o que sempre deu certo não precisa ser mudado.

 “O que nós percebemos na maioria dos donos de balneário é uma certa resistência ao novo. Eles acham que trabalham daquela forma há mais de 30 anos e que está dando certo daquela forma e não querem mudar. Mas nós estamos fazendo essa trabalho desde o ano passado e buscando parcerias entre os órgão como a Setur e o Senar para ofertar cursos como o de qualidade no atendimento. Trabalhamos também a conscientização do pertencimento dentro da nossa simplicidade mas com qualidade como por exemplo que seja limpo e tratado o igarapé, que tenha um bom banheiro, loucas simples mas bem apresentadas e outros ajustes. Mas aos poucos essa resistência será quebrada”, concluiu Carla Paiva.

 

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