Pará teve mais de 66 mil faltosos e certame tranquilo

Número de ausentes representou 29% do total de inscritos; Segup avaliou positivamente a realização das provas

Toni Cavalcante
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O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, ocorrido ontem, 5/11, aconteceu sem grandes incidentes em Belém. Quase cinco mil agentes públicos, entre policiais civis e militares, Guardas Municipais, Samu, Equatorial e Correios, estiverem envolvidos na organização das provas. Nas palavras do secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), Ualame Machado, a operação Enem 2023 foi um sucesso.

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“A aplicação da prova o ocorreu dentro da normalidade esperada. Não tivemos flagrantes graves, como cola eletrônica", informou Machado. A operação foi iniciada às 6h da manhã do domingo, com agentes de segurança realizando a escolta das provas feitas pelos funcionários dos Correios. O único incidente registrado aconteceu em Bragança, oeste do estado. Segundo o secretário, um aluno foi desclassificado por ser levar uma “cola” para o exame.

“Foi o próprio aluno que tentou colar, mas o fiscal local detectou e fez a desclassificação. É um tipo de desclassificação mais administrativa do que criminal. Então, não temos atuação nesse tipo de incidente", contou Ualame. Antes do início das provas, cinco escolas apresentaram problemas em sua rede elétrica, mas solucionado antes do início do certame. Além disso, a polícia também cumprimento a dois mandados de prisão. Um no município de Bagre, por estupro de vulnerável, e o outro em Marituba, por roubo.


Mais de 66 mil candidatos faltaram

No final da noite de ontem, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizaram um balanço da primeiro dia de provas desse ano. Segundo os dados do Ministério, 29% dos inscritos no estado do Pará faltaram à prova. Levando em consideração os 229.180 candidatos inscritos, a porcentagem equivale a 66.462 candidatos.

O ministro da Educação, acompanhado pelo presidente do Inep, Manuel Palacios, destacou também que, nacionalmente, o número de faltosos representou 28,1% do total de inscritos. Além disso, 4.293 candidatos foram eliminados em todo o Brasil por descumprirem alguma regra do certame, como, por exemplo, portar equipamentos eletrônicos, utilizar impressos, se ausentar antes do horário permitido (15h30).


Estudantes avaliam o tema da redação como bom, mas prova cansativa
 

Nas saídas das provas, em Belém, muitos estudantes contaram suas experiências do primeiro dia de provas do Enem 2023 à reportagem de O Liberal. O estudante Giovani Luca, 18, considerou a prova cansativa por conta da quantidade de leituras. “Depois de um tempo, por já ler muito, o nosso cérebro parece que fica superaquecido, tipo como se fosse burnout, e a gente cansa”, comentou na saída da Escola de Aplicação da UFPA (NPI).

Opinião também compartilhada pela estudante Aryane Souza, 21. “Como todos os outros anos, sempre o primeiro dia é mais cansativo pelo fato de ser muito texto e muita interpretação. E esse ano não pegaram leve nas perguntas, mas eu acredito no meu potencial", confia. Marcela Castro, 16 anos, que fazia a prova como treinamento, também concordou com os outros estudantes sobre a exaustão da prova. “As questões em si não foram difíceis, mas é muito cansativo pela quantidade. Tem uma hora que a cabeça acaba não processando direito”, opinou.

Sobre a redação desse ano, os estudantes ouvidos pela reportagem afirmaram ter gostado. Ela abordou o trabalho de cuidado realizadas por mulheres com tema “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. “Achei muito importante esse tema porque a gente acaba vendo ele como se fosse algo comum e não dando importância. Pude refletir bastante. É uma problemática ainda muito presente", disse Marcela. “Achei bem interessante, já tinha feito treinos com outros temas, mas eu não imaginava que seria esse. Me pegou de surpresa, mas gostei e eu soube desenvolver tranquilo”, completou Aryane.

No portão III da UFPA, muitos pais aguardavam os filhos na saída da prova. Um deles era o professor André Bahia, 56 anos, que esperava o filho Renzo, sentando numa cadeira de praia. “Estou aqui para dar o meu apoio a ele. Esse é só o começo, ainda tem mais uma fase. Acho importante estar presente nesse momento porque sabemos da dificuldade em fazer essa prova, mas confio no sucesso do meu filho”, afirmou.

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