Pará registra 14,4 mil ocorrências envolvendo pipas na rede elétrica em 2023

Belém foi a cidade que mais teve casos, com 3.778 registros

O Liberal
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Em 2023, foram registrados cerca de 14.400 casos que envolvem pipas na rede de energia elétrica em todo o estado. Segundo os registros feitos pela Equatorial Pará, Belém foi a cidade que mais teve casos em todo o Pará, contabilizando 3.778 registros. A brincadeira de criança pode, muitas das vezes, gerar curto-circuitos e causar transtornos, como a interrupção no fornecimento de energia elétrica e o rompimento de cabos de alta tensão. 

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Depois da capital paraense, em segundo lugar,  está Capanema, no nordeste paraense, com mais de 2.400 registros. Em seguida estão as cidades de Altamira, sudoeste do estado, com 1.696; Castanhal, nordeste do Pará, com 1.570 casos e fechando o ranking, Santarém, no baixo Amazonas, com 1.428 casos envolvendo pipas.

A utilização do cerol é um fator de risco no momento da brincadeira com as pipas, já que o produto contém raspas de vidro e de pó metálico, o que pode tornar a linha condutora de energia elétrica. No Brasil, o uso de cerol ou da “linha chilena” é considerado crime. 

A Câmara dos Deputados, inclusive, aprovou na última terça-feira, 6 de fevereiro, um projeto de lei que proíbe a fabricação, comercialização e uso de linhas cortantes em pipas e brinquedos semelhantes. As penas podem ser multas ou detenção. 

Em maio de 2022, o Estado do Pará proibiu o uso, armazenamento, fabricação e venda de linhas com cerol, por meio da lei nº 9.597 que já está em vigor. Segundo Marcelo Costa, do Centro Integrado de Operações, da Equatorial Energia, são muitos os fatores que podem ocasionar a interrupção durante a brincadeira de pipa.  

“Muitas vezes as pessoas tendem a querer a recuperar a pipa, o que pode causar a interrupção, além de provocar acidentes como descargas elétricas. O objetivo é alertar as pessoas que brincam que não soltem pipas próximas de fios de alta tensão, por exemplo. Caso haja alguma intercorrência, solicitamos que as pessoas entrem em contato com a concessionária para que possamos garantir o restabelecimento do serviço”, disse Costa. 

Risco à vida

Quando a linha da pipa enrosca na rede de energia elétrica, o material cortante não só consegue cortar o fio e deixar um bairro inteiro sem luz, como também apresenta riscos à vida de quem tentar resgatá-la. No caso de ciclistas e motociclistas, as linhas, por não poderem ser vistas, oferecem perigo de causar graves acidentes.

Confira dicas para brincar de pipa de forma segura:

- Não solte pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas, rodovias ou qualquer lugar onde exista fluxo de veículos;

- Linhas metálicas não devem ser usadas no lugar da linha comum. Nunca use cerol ou a linha “chilena”, elas são proibidas por lei e causam acidentes;

- Não utilize papel alumínio na confecção da pipa. É perigoso, pois este material em contato com os fios provoca curtos-circuitos;

- Caso a pipa enrosque nos fios, é melhor desistir do brinquedo. Tentar recuperá-la representa sério risco, assim como tentar remover a pipa com canos ou bambus;

- Não solte pipa em tempo nublado, principalmente se estiver com chuva. Ela pode funcionar como pára-raios, conduzindo energia;

- Não é indicado subir nas lajes das casas para empinar pipa, qualquer distração pode causar uma queda;

- Tenha cuidado com ciclistas e motociclistas, pois as linhas não podem ser vistas e linhas de cerol ou reforçadas podem causar graves acidentes.

 

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