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Moju sem energia: população procura alternativa para falta de água no terceiro dia de apagão

Técnicos da Equatorial Pará seguiram os procedimentos para instalação de uma torre emergencial de energia, enquanto os moradores tentam buscar recursos, como água e comida. A cidade permanece funcionando graças a geradores

O Liberal

A população de Moju, no nordeste do Pará, tem buscado alternativas para driblar a falta de água decorrente da escassez de energia elétrica: a solução é tomar banho nos rios que circulam a cidade. Além disso, o comércio local segue com prejuízos nesta quarta-feira (21), terceiro dia de apagão. As lojas não receberam o movimento costumeiro do dia a dia e tiveram que lidar com a alta temperatura, fator que contribuiu para o afastamento das vendas nos locais. 

A situação é devido a queda de uma torre de energia de 75 metros, que atendia ao município e à Tailândia, no último domingo (18). Desde as primeiras horas de terça-feira (20), a Equatorial Pará trabalha na construção de uma estrutura emergencial. A expectativa é que a energia elétrica seja restabelecida o quanto antes. 

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Algumas ações de entrega de água para a população foram realizadas no município, mas nem todos os habitantes foram contemplados, conforme relatos. Paulo Vaz, de 53 anos, é pedreiro e morador do bairro da Uepa, em Moju. A área está sem abastecimento hídrico. “Dormi sem tomar banho. Ontem, tomei água do rio e passei a noite mal, com dor de barriga. Não estou acostumado a tomar água do rio. A gente toma pelo aperreio”, relatou, enquanto aguardava a entrega do recurso com um balde, na frente da casa em que mora. 

Uma das alternativas encontradas é visitar o rio ou pedir por água em um posto de gasolina. Com a situação, fazer a comida também não foi possível. “Quem tem moto, vai no rio, quem não tem, vai ali, que eles são solidários, os donos dos postos. Vai lá, pega um balde, uma garrafa. Ainda não almoçamos, não tem como fazer a comida”, conta Paulo.

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