CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Inverno amazônico: município de Castanhal no combate à dengue e outras viroses

Em Castanhal, no nordeste paraense, os agentes de endemias do município iniciaram as visitas técnicas nas residências, desde o começo do ano, para o controle e combate dos casos da doença na cidade

Patrícia Baía
fonte

O inverno amazônico acende o alerta para diversas viroses e também para possíveis casos de dengue. A doença, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, pode levar o paciente a óbito, caso a pessoa não receba os cuidados adequados.

VEJA MAIS

image ‘Qdenga’: Anvisa aprova vacina contra dengue; público será de 4 a 60 anos
Esse não é o primeiro imunizante contra a doença. Há no mercado a Dengvaxia, porém, ela é indicada apenas para quem já foi infectado pela doença

image Pará registra mais de 6,7 mil casos de dengue em 2022
Segundo o Ministério da Saúde, o estado é o terceiro da região Norte com maior número de casos

image Parauapebas intensifica ações de combate à dengue em período chuvoso
A orientação do órgão neste período é que a população fique atenta e tome alguns cuidados necessários como varredura em sua residência para eliminar os criadouros existentes, como, por exemplo, limpar calhas, caixas d’água, ralos e recolher garrafas e outros

Em Castanhal, no nordeste paraense, os agentes de endemias do município realizam as visitas técnicas nas residências, desde o começo do ano, para o controle e combate dos casos da doença na cidade, como explica o coordenador de endemias da Vigilância em Saúde, Sancleytton Alves. “Começa o período de chuva e começa também a nossa preocupação com a dengue. Por isso, os agentes de endemias já estão nas ruas e fazendo as visitas de casa em casa para verificar se lá pode ter um possível lugar que seja favorável a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, disse o coordenador.

image Chegada do inverno exige reforço no combate à dengue em Marabá
Água da chuva empoçada contribui para o aumento da população de mosquitos transmissores de doenças, o que tem impacto direto na demanda por atendimentos em postos de saúde e hospitais

image Brasil tem aumento de 180,5% nos casos de dengue em 2022; Pará tem aumento de 60%
Mesmo com o cenário nacional, a região Norte ficou em 5º lugar no ranking das áreas com mais casos da doença

A prevenção é a maior arma contra a doença que, este ano, ainda não apresentou casos no município. “Infelizmente ainda encontramos muitas barreiras de moradores que não deixam os agentes entrarem em suas casas para fazer a verificação e também verificamos que ainda tem muita gente que deixa possíveis criadouros para os mosquitos como pneus com água, calhas sujas, vasilhas jogadas e até piscinas desativadas, mas que tem água parada e, por isso, a importância da vigilância ir de porta em porta para lembrar a comunidade que a dengue pode chegar e que ela mata. Este ano ainda não foi diagnosticado nenhum caso, somente suspeitas e que foram descartadas”, explicou.

image Coordenador de endemias, Sancleytton Alves e a enfermeira, Geany Brandão trabalham em combate à dengue no município (Patrícia Baía/ O Liberal)

Covid

Em 2023 foram diagnosticados 80 casos de covid em Castanhal. Destes, três evoluíram a óbito. Os pacientes eram dois idosos e um jovem de 30 anos. “Apesar dos casos estarem diminuído a doença não deixou de existir. Por isso, a importância da vacinação estar em dia. Os três casos de morte que tivemos em janeiro aqui no município foram de pessoas que não estavam com as vacinas completas. Os idosos possuíam comorbidades e só tinham tomado duas doses da vacina, assim como o jovem de 30 anos”, explicou a enfermeira Gyane Brandão.

Casos de viroses aumentam no município

Desde o Carnaval os casos de virose têm se intensificado em Castanhal. E quase sempre com os mesmos sintomas que podem começar com desconforto gástrico e evoluindo para febre alta, garganta inflamada e dores de cabeça. De acordo com a enfermeira da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Geany Brandão, a época da chuva propicia o surgimento das viroses e que são transmitidas de pessoa para pessoa de forma mais rápida.

A auxiliar administrativa, Larissa Godot, de 30 anos, passou cerca de quatro dias em casa com virose. “Comecei a ter sintomas na noite da terça feira de Carnaval. Senti um incômodo na garganta, e durante a madrugada tive muita febre. No dia seguinte fui até a emergência onde fui atendida e medicada. Passei a fazer a medicação em casa conforme o recomendado. Mas, ainda assim alguns sintomas permaneceram como a garganta muito inflamada, a febre, dores no corpo, enjoos, fraqueza e até sensação de desmaio. No terceiro dia foi um pouco mais forte com vômito e diarreia. No quarto dia já fui melhorando. É muito ruim pegar essas viroses que sempre chegam nesse período de chuva”, contou.

Ane Almeida também passou mal na semana pós-Carnaval a precisou ficar um dia em observação em um hospital particular do município. “Cheguei com um quadro de dores fortes de estômago e febre alta. Tive que ficar um dia inteiro no hospital porque após as dores de estômago vieram a diarreia e um tremor no corpo. Eu confesso que fiquei com medo de ser covid, mas depois do teste negativo fiquei mais calma e mesmo assim foi um momento difícil. Nunca peguei uma virose tão forte e acho que devo ter sido infectada no Carnaval”, contou a empresária.

“Nesta época de chuva as pessoas estão mais aglomeradas em casa e com os ambientes fechados. As casas ficam com pouca circulação de ar e é mais fácil ir transmitindo. Também importante lembrar que tivemos o carnaval e mais aglomerações de pessoas que muitas vezes estavam doentes com sintomas gripais ou até assintomáticas e foram curtir o Carnaval. Esses dois fatores contribuíram para que agora estejam surgindo esses casos de síndrome gripal”, explicou Geany Brandão.

Muitas das gripes ou viroses sazonais são causadas pelo vírus H1N1 e segundo a Vigilância em Saúde em breve começará a campanha de vacinação dos grupos específicos. “Enquanto isso é muito importante evitar ao máximos as aglomerações e é necessário o uso de máscara em ambientes fechados, além do cuidado com a higiene das mãos”, explicou a enfermeira Geany Brandão.

 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ