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Custodiados participam da construção de laboratório no campus da Uepa de Cametá

Projeto propicia economia de gastos, ressocialização e remissão da pena dos internos

O Liberal
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Custodiados do Centro de Recuperação Regional de Cametá (CRRCAM), no nordeste do Pará, participam da construção do novo laboratório de Anatomia do campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa) em Cametá. Além da economia para os cofres do Estado, a obra propicia a ressocialização e ajuda na remissão da pena dos internos.

A ação é fruto da parceria entre a Uepa e Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), através do Projeto “Respirando a Liberdade”. A construção do laboratório atenderá todos cursos do polo da universidade em Cametá, que são Biomedicina, Tecnologia de Alimentos e Química.

O coordenador administrativo do campus de Cametá, Rodrigo Coutinho, diz que a contratação da mão de obra dos custodiados representa economia de R$ 12 mil em gastos, comparados aos valores orçados por uma empresa privada. Outro ponto destacado pelo coordenador é o tempo de realização das obras, mais rápidas do que normalmente acontece.

“É uma excelente parceria, que assim já reduz os custos para todos, e é uma oportunidade de reduzir a pena deles [custodiados]. São muito respeitosos, trabalhadores”, garante Coutinho. “Eles fazem em duas semanas o que muitos levam um mês para concluir”, completa.

O coordenador da equipe da Seap, Luiz Gonzaga Prestes da Paixão, confirma a dedicação e empenho dos cinco apenados do CRRCAM que trabalham no campus. Os internos têm experiência como pedreiro, servente de pedreiro, eletricista e carpintaria.

“Há uma semana realizamos obras na delegacia da Polícia Civil. Eles construíram uma sala de academia, um canil, um depósito e ergueram a altura do muro. Tudo em uma semana de trabalho. Agora estamos finalizando aqui na Uepa”, explica.

Ressocialização

Para o interno Edilson de Souza, essa é mais uma oportunidade para desenvolver seu trabalho e seguir na própria ressocialização, como ele mesmo afirma. Trabalhando desde 2019, Edilson diz que é muito gratificante desenvolver seu trabalho.

“Nós vemos os trabalhos e os projetos que vêm sendo desenvolvidos pela Seap e pela unidade prisional como um ótimo incentivo para que sigamos sempre em frente, não olhando para os erros do passado mas olhando para o desenvolvimento humano do futuro”, diz o Edilson

Edilson acrescenta que trabalha não somente na área da construção civil, mas no artesanato e na confecção de roupas e sandálias, no CRRCAM. “São projetos que são reais. Hoje, a sociedade pode olhar para a casa penal e dizer que lá é realmente um centro de recuperação, não um local onde se aprendia práticas criminosas. Hoje, nós aprendemos a ser cidadãos de bem, que podem estar de volta a uma sociedade que tenho certeza que está de braços abertos a nos receber”, finalizou o custodiado.

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