Círio 2023: corda utilizada nas procissões será produzida no Pará, confirma DFN

Ainda em setembro de 2022, a informação foi divulgada com exclusividade à Redação Integrada de O Liberal, em entrevista com o diretor de Procissões da DFN, Mário Tuma Júnior

Gabriel Pires
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Em momento inédito, a corda do Círio de Nazaré será produzida no Pará em 2023, conforme confirmado nesta quarta-feira (5) pela Diretoria de Festa de Nazaré (DFN). Ainda em setembro de 2022, a informação foi divulgada com exclusividade à Redação Integrada de O Liberal, em entrevista com o diretor de Procissões da DFN, Mário Tuma Júnior. A corda — utilizada na Grande Romaria e na Trasladação — será doada pela Castanhal Companhia Têxtil (CTC) à DFN, em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme)

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Um protótipo de 50m do símbolo central do Círio foi produzido pela CTC. Agora, a corda segue para realização de testes de carga pela DFN. Após estes testes o acordo será fechado para a produção da corda utilizada nas procissões, que terá 800 metros de comprimento com partes de 400 metros, para cada romaria, tendo 50 milímetros de diâmetro. Por anos, a corda era produzida em outro estado, de acordo com Tuma, na entrevista dada anteriormente. Este ano, ela já virá adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.

Antônio Salame, coordenador do Círio 2023, explica que as tratativas com a empresa que fabricará a corda já vinha sendo realizada há um tempo. “Visitamos a fábrica semana passada, fomos muito bem recebidos e tivemos contato com este primeiro protótipo. Estamos aguardando ainda para esta semana a entrega da amostra para a realização dos testes de carga. Aparentemente o resultado será positivo. Após isso, deveremos fechar contrato com a CTC como Apoiadora Oficial do Círio 2023 em permuta da corda que será utilizada no Círio deste ano”, avaliou Salame.

Como é feita a corda do Círio

A corda utilizada no Círio e na Trasladação é feita de sisal, uma fibra vegetal dura e resistente. É uma opção resistente e agradável ao tato e, por conta disso, é ideal para utilização nas procissões. Nesta nova proposta da CTC, a corda será produzida por uma composição de fibras de Malva e de Juta, todas elas plantadas e cultivadas na região Amazônica. 

Esta nova composição fica mais macia ao toque das mãos, pela presença da Malva, sem, no entanto, perder resistência, em razão dos fios de Juta. Quanto ao processo de transformação em fios, são muitos os estágios de fabricação, desde a colheita, até a produção final. 

“Toda esta produção, do plantio a fabricação do fio, será realizada no Pará. Estamos muito felizes, pois a corda do Círio representa um desejo de nossa população em caminhar atrelado a Nossa Senhora e a seu filho Jesus. E cada pessoa que participar deste processo de produção da corda, desde a semente, plantação, colheita e fabricação, se sentirá um promesseiro da corda. Nesta nova proposta, vamos valorizar a produção local e baratear mais este ícone da festividade, pois além da doação da corda, vamos economizar com o transporte”, afirmou Salame. 

Histórico 

A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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