Entenda como manter a proteção solar em meio à pandemia e ao verão amazônico

O mês de julho traz uma época muito aguardada pelos paraenses todos os anos: o verão amazônico. Mesmo em meio à pandemia de covid-19 e algumas viagens adiadas, as temperaturas estão subindo cada vez mais, e é necessário atentar-se para os cuidados com a pele no decorrer das tarefas cotidianas, uma vez que a exposição ao sol continua.

A dermatologista Deborah Unger, do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), orienta que é importante proteger a pele nesse verão, mesmo com a máscara. É frisa que é necessário passar o protetor solar em toda a face, passar o protetor solar no corpo e evitar a exposição em excesso.

“Como moramos em um país tropical e nossa região é bastante ensolarada, mesmo no isolamento social, as pessoas acabam se expondo ao sol. Por isso, devemos reaplicar o protetor a cada duas ou três horas, principalmente se há muita transpiração”, explica Deborah Unger. 

Outras orientações são sobre o uso de produtos de beleza que contém fator de proteção e como usar o protetor solar em tempos de pandemia, quando o uso de máscaras se tornou regra. De acordo com a equipe do Serviço de Dermatologia do hospital, independentemente do uso do acessório, o protetor solar deve ser aplicado uniformemente na face toda.

Proteção contra efeitos do sol deve ser o mesmo durante pandemia (Akira Onuma / O Liberal)

Produtos e proteção

Além dos produtos de skincare, como bases líquidas e bb creams, podem ser utilizados se tiverem fator de proteção igual ou acima a FPS 30 e forem aplicados no rosto todo. “É necessário usar o protetor solar em todas as áreas descobertas, como o colo, braços, orelhas, pescoço e no couro cabeludo, no caso de pessoas calvas", orienta a dermatologista.

Ela informa ainda que existem roupas que são vendidas em lojas específicas que têm fator de proteção solar. Na impossibilidade de adquiri-las, o tecido mais adequado é o algodão. "No caso de trabalhadores que têm a necessidade de se expor mais ainda ao sol, em especial trabalhadores da área rural e da construção civil, é ideal o uso de protetor solar constantemente e vestir roupas de mangas compridas e chapéus”, explica a dermatologista Unger.

Proteção contra raios solares pede atenção (Igor Mota / O Liberal)

Câncer de pele tem grande incidência no Brasil

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o principal fator de risco para o câncer de pele é a exposição solar excessiva - o que explica a enorme incidência do câncer não melanoma em homens e mulheres no Brasil.

Além disso, outros problemas de saúde podem surgir, como queimaduras, fotodermatoses, acne, cloasma, lúpus, urticária solar, vitiligo e aceleração do envelhecimento cutâneo. Crianças e idosos são os mais suscetíveis à desidratação e têm a pele mais sensível. Assim, é importante evitarem a exposição no horário entre 10h e 15h. 

Barros Barreto tem serviço especializado

No Barros Barreto, o Serviço de Dermatologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) participa das campanhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) contra o câncer de pele há pelo menos 15 anos.

O mutirão de 2019 atendeu mais de 300 pessoas, diagnosticando 70 casos de câncer de pele. Os atendimentos são feitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), para pacientes referenciados pela Secretaria de Saúde do Município. 

O HUJBB faz parte do Complexo Hospitalar da UFPA, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação.