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Círio Fluvial de Caraparu: devotos realizam tradicional homenagem a Nossa Senhora da Conceição

A celebração começou por volta das 6 horas desta quinta-feira (8), no município de Santa Izabel do Pará, na região metropolitana de Belém, e terminou pouco depois das 10 horas

Dilson Pimentel
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Reunindo mais de 50 canoas, o Círio Fluvial de Caraparu, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, começou por volta das 6 horas desta quinta-feira (8), no município de Santa Izabel do Pará, na região metropolitana de Belém, e terminou pouco depois das 10 horas. A procissão pelas águas saiu da orla de Caraparu e seguiu até a Vila do Cacau, onde houve um momento de oração na capela, em um percurso que durou em torno de uma hora. Essa foi a 104ª edição deste Círio

O soldador José Lúcio Cardoso, 41, participa do Círio há mais de 20 anos. "Metade da minha vida eu acompanho esse Círio ", afirmou. Ela agradeceu pela saúde da filha, que nasceu prematura. Alaise Layane passou 12 dias em uma incubadora, na Santa Casa, em Belém, e completou 7 anos de vida em 28 de novembro deste ano.

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Lúcio é devoto de Nossa Senhora da Conceição. Ele nasceu e cresceu nessa região. "Esse rio é a minha rua", afirmou, que, com habilidade, conduz a canoa pelo rio Caraparu, que deságua no rio Guamá. As belezas naturais da paisagem tornam o Círio ainda mais bonito. Ou um Círio charmoso, como foi dito durante a procissão fluvial. 

Procissão em canoas a remo 

Os moradores participam da procissão em canoas a remo. Não pode ser a motor por causa do barulho, para não atrapalhar a programação musical do Círio. Lúcio, aliás, é quem instala o som na canoa que conduz a imagem da Santa. Os pais dele também acompanharam a procissão: José Lúcio Cardoso, 68 anos, conduziu a canoa levando a esposa, dona Marlene, 66. 

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Marlene participa há mais de 30 anos. "Trouxe meu filho (Denisson) na barriga", contou. Ele é o caçula de seis filhos - quatro homens e duas mulheres. "Venho por amor mesmo à Nossa Senhora", afirmou dona Marlene. Ela levou a imagem de Nossa Senhora, que veio de Santarém, presente de uma amiga, à frente da canoa.

A professora Lidiane Fonseca tem 45 anos. No ano passado, pegou covid e ficou na UTI. Passou 20 dias internada. As amigas que estavam com ela fizeram promessa e pediram, à Nossa Senhora da Conceição, pela saúde de Lidiane. "E estou aqui hoje como prova desse amor e desse milagre. Até meus últimos dias estarei aqui, em nome de Jesus", afirmou. Ela e algumas dessas amigas usaram camisas com a seguinte frase: "Quem tem amigas nunca estará sozinha".

A assistente social Eliana Paixão acompanhou a procissão fluvial de canoa pela segunda vez. Agradeceu pela saúde da mãe, Maria Lígia, de 83 anos, que sofreu um acidente e quebrou o fêmur. Antes, ela ficava na orla, acompanhando a chegada da imagem. Eliana usou uma camisa em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Caraparu. "Do ano passado pra cá a gente começou a descer (o rio Caraparu)", disse.

A imagem chegou à capela da Vila Cacau, erguida às margens do rio Caraparu, por volta de 7h30. O diácono José Sabino, da Paróquia Santa Izabel de Portugal, conduziu um momento de oração. Ele falou da importância de Nossa Senhora da Conceição no "plano da salvação", falou da beleza do Círio, cuja procissão ocorre em meio às belezas do rio Caraparu, e destacou a importância de se cuidar da natureza. Na Vila, foi oferecido um café da manhã para os participantes - café com leite, pão com manteiga e bolo de macaxeira.

Na Vila, também havia três guardas vidas do Corpo de Bombeiros. Mas nenhum incidente foi registrado durante o Círio. O rio tem estimados cinco metros de profundidade, segundo o soldador José Lúcio, que conhece bem essas águas escuras. Algumas pessoas acompanharam a procissão em caiaques. Em algumas árvores foram colocados balões azuis e brancos. 

Círio Fluvial

Procissão pelas ruas 

Na chegada de volta à orla, pouco depois das 10 horas, muitas pessoas aguardavam a chegada da imagem. Em seguida, a imagem percorreu algumas ruas e, depois, foi realizada missa, desta vez na igreja de Nossa Senhora da Conceição. A devoção à Virgem da Conceição iniciou na Vila de Caraparu em 1905, mas o primeiro Círio foi realizado somente em 8 de dezembro de 1918. E já é tradição do povo izabelense e de outras comunidades ribeirinhas ao longo do rio Guamá. E mesmo de quem mora em Belém.

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