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Aplicação da segunda dose contra covid, no Pará, está abaixo da média nacional

Mas Sespa garante que não há falta de vacinas no Estado e orienta municípios a incentivar imunização da população

Dilson Pimentel
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O Vacinômetro revela que cinco milhões de pessoas tomaram a primeira dose anticovid-19 no Pará. A população total estimada é de 7.469.837. O total de doses aplicadas, até agora, é de 8.382.635.  Receberam a primeira dose 5.003.029, uma cobertura de 44,83%. Já a segunda dose (ou dose única) foi aplicada em 3.379.606, uma cobertura de 30.28%. Dados nacionais do consórcio mostram que quase metade da população nacional já está com a segunda dose. O Pará, portanto, ainda está longe da média nacional.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública informou, na terça-feira (18), que o Pará não está com falta de doses. E acrescentou que os dados na página do Vacinômetro são fornecidos pelas secretarias municipais de saúde e que, pela dificuldade de acesso à internet em algumas localidades, “pode acontecer atraso no envio das informações”. A Sespa afirmou ainda que as vacinas de covid-19 já foram repassadas pelo Estado aos municípios e que orienta os municípios a incentivar a população ao comparecimento à vacinação.

O médico infectologista Lourival Marsola disse não haver dúvidas de que a vacinação contra a covid foi um dos principais fatores que têm contribuído para a redução do número de mortes e de casos novos no Pará e no Brasil. “Mas precisamos ressaltar que a porcentagem mínima que se quer atingir de vacinação a da população é acima de 70%. E, neste ponto, lembro a todos que consideramos vacinados aqueles que têm as duas doses ou dose única da vacina”, afirmou.

Ainda não é o momento de retirar medidas de proteção, alerta infectologista

Ele acrescentou que, na condição de especialista, vê com muita cautela essa discussão sobre o uso da máscara deixar de ser obrigatório. “A gente precisa ressaltar que, além da porcentagem da população totalmente protegida estar abaixo de 70%, existem cepas, variantes da covid, que podem infectar indivíduos mesmo completamente protegidos. E nós temos visto hoje pessoas com as duas doses da vacina evoluindo com a doença e, infelizmente, evoluindo para forma grave”, afirmou. “Então, há a necessidade de aguardarmos melhores estudos e da gente entender a circulação das novas variantes e a necessidade, principalmente, de idosos e imunodeprimidos (pacientes cujos mecanismos normais de defesa contra infecções estão comprometidos) fazerem esta dose de reforço, esta terceira dose, para depois a gente começar a pensar em retirar as medidas de prevenção”, alertou.

O retorno gradual dos eventos é visto com muita cautela pelos especialistas. “Temos preocupação que este retorno traga possibilidade de novos casos de covid e, infelizmente, internações e mortes”, afirmou o infectologista Lourival Marsola. Além de ainda não se  ter alcançado aqueles 70% da população vacinada, cada vez é mais frequente o relato de pessoas totalmente vacinadas que se infectaram e adoeceram, incluindo a forma grave da doença. “Além da cautela em planejar isso, precisamos definir critérios importantes, como, por exemplo, a cobrança da carteira de vacinação para indivíduos totalmente vacinados, a exigência de teste de covid (aí, no caso, tem que ser um  RT-PCR  ) em no máximo até 72 horas antes do evento que estará ocorrendo e também muita educação da população para que entenda a não necessidade de aglomeração e, também, caso tenham algum sintoma ou tenham tido contato com alguém doente, para que não compareçam a estes eventos", afirmou.

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