Altas temperaturas devem marcar o mês de julho no Pará e proteção é essencial, dizem especialistas

Nordeste e centro-sul do estado vão ter maiores temperaturas durante o verão amazônico, chegando a dois graus acima da média

Andréia Santana | Especial para O Liberal
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Os paraenses já podem começar a separar a sombrinha, bonés e o protetor solar, pois o mês de julho vai ser de altas temperaturas por todo o estado. Em entrevista à redação integrada de O Liberal nesta quinta-feira (26), o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Sidney Abreu, contou que o calor intenso só está começando.

“Grande parte do estado do Pará, como a região nordeste e grande parte do centro-sul do estado vão apresentar anomalias positivas, ou seja, as maiores temperaturas acima da média, com pontos de até dois graus célsius e meio acima da média, as maiores temperaturas do estado. Isso porque nessa região a gente vai ter um déficit de chuva começando agora no início de julho, e ficando cada vez mais seco nos meses seguintes. Mas, em geral, todo o estado vai apresentar temperaturas acima da média, podendo chegar em torno de 38 graus célsius em julho, e no decorrer do verão amazônico pode atingir eventualmente até 40 graus célsius em algumas regiões, como o sudeste do Pará”, contou.

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Apesar das altas temperaturas, a chuva continuará como parte da rotina, principalmente para os moradores da região metropolitana e do leste do Marajó, onde os índices pluviométricos chegarão a ficar acima da média.

“A região metropolitana e o leste do Marajó devem apresentar chuva 50 milímetros acima da média climatológica. Mas vai continuar chovendo dentro da média em todo o estado, mesmo com algumas localidades apresentando vários dias sem chuva e menores índices pluviométricos, como o sudeste do Pará”, explicou.

Ele explica que muito sol e pancadas de chuva são parte característica do verão amazônico. “Geralmente faz muito sol em praticamente toda a região amazônica, onde no norte amazônico tem poucas nuvens no início do dia, mas muitas nuvens no início da tarde, onde ocorrem pancadas de chuva forte de curta duração de forma localizada”, disse.

População sente efeitos do calor

A acadêmica de engenharia, Evelin Lobato, precisa pegar ônibus todos os dias na ida e volta do estágio, e já sente os efeitos do aumento da temperatura nesta época do ano. Para se proteger, além da sombrinha, ela investe em outros acessórios e cuida da alimentação.

“O calor tá ficando mais intenso e a gente sente. Eu que passo todo dia na parada, pra me proteger eu uso protetor solar durante o dia e à tarde também, mesmo estando em casa eu ainda uso protetor e me hidrato bem, além de usar chapéu quando dá. Também costumo comer salada de frutas e outras coisas geladas”, contou.

imageEvelin sente efeitos do calor em Belém (Wagner Santana / O Liberal)

Cuidados com a pele são essenciais

Os cuidados com a pele são imprescindíveis durante os períodos de calor intenso, mas, segundo o dermatologista Walter Loureiro, sombrinhas e chapéus não são totalmente seguros para quem conta somente com os objetos para se proteger.

“Essa proteção mecânica é ótima, mas não devemos nos apoiar nelas, porque os raios de sol refletem no chão, nas paredes e nos atingem. E a maioria das sombrinhas não tem proteção ultravioleta, então ainda passa alguma coisa dos raios solares, então a gente pode ter a falsa impressão de estar protegido só porque está na sombra”, contou.

Segundo o médico, o ideal é manter o uso de protetor solar em dia, renovando a cada duas horas em caso de atividades com muita exposição ao sol.

“Utilizar óculos escuros com proteção ultravioleta também é muito importante e uma coisa que eu gosto muito são as roupas de proteção ultravioleta, tanto camisas quanto bermudas ou calças, que equivalem a você usar um filtro 50 o tempo todo sem precisar renovar e eles também conseguem proteger muito bem mesmo estando molhados”, indicou.

Consumo de frutas é melhor opção no calor

Há quem pense que tomar um refrigerante ou uma cerveja bem gelada pode ser uma alternativa para driblar o calor. No entanto, segundo o nutricionista Leonardo Lourenço, bebidas industrializadas podem até mesmo atrapalhar na hidratação.

“Esses industrializados, como o refrigerante e sucos de caixa, não hidratam efetivamente como um suco natural ou a água mesmo, pois além de terem açúcares adicionados, contêm também uma pequena quantidade de sódio que pode atrapalhar um pouco a hidratação. Já as bebidas alcoólicas somente prejudicam, principalmente a cerveja que, por ser diurética, pode sabotar a hidratação”, explicou.

Segundo o nutricionista, as altas temperaturas pioram a conservação dos alimentos, aumentando o risco de intoxicação alimentar. O ideal é não deixar alimentos prontos fora da geladeira e sempre buscar consumir coisas naturais, como frutas, além de beber muita água.

“Os alimentos mais indicados para ajudar na hidratação nesse momento de muito calor com certeza sempre serão as frutas, principalmente as mais ricas em líquidos, como a melancia, a uva, o abacaxi e o nosso tão amado açaí, mas sem açúcar. Além da ingestão de pelo menos três litros de água diariamente”, indicou.

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