258 vagas do Mais Médicos ainda não foram preenchidas no Pará, pior situação do Norte

Amazonas é o segundo estado com maior dificuldade em preencher vagas na região

16.01.19 12h11

Família de Portel, no Marajó: Pará ainda luta para preencher vagas (Ary Souza)

Das 310 vagas ofertadas no Pará, na segunda chamada do programa Mais Médicos, do Governo Federal, 258 ainda não foram preenchidas. De um modo geral, todos os estados da região Norte seguem com dificuldades em preencher vagas, sobretudo em municípios mais afastados dos polos regionais dos estados. E em territórios indígenas ou quilombolas. O Pará está com a maior quantidade de vagas abertas na região.

Ao todo, foram 8.517 vagas ofertadas, ao final do pacto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a saída de médicos cubanos. Até agora, 82% foram preenchidas e ocupadas formalmente. Na segunda chamada, foram mais 2.549 vagas, em 1.197 municípios brasileiros e 34 distritos sanitários especiais indígenas (DSEI).

Na segunda etapa, 1.707 médicos se inscreveram, mas só 1.089 se apresentaram para ocupar a vaga, com o vínculo validado pelas prefeituras no último dia 14. Os postos ainda não ocupados, serão disponibilizados na próxima etapa, entre os dias 23 e 24 deste mês. A validação sairá no dia 29.

Nessa terceira chamada, serão permitidos profissionais brasileiros formados no exterior. Se não forem preenchidas novamente, as vagas serão reabertas nos dias 30 e 31 de janeiro, para os médicos estrangeiros participarem do programa.

As inscrições para o atual edital do Mais Médicos começaram com os profissionais com registro no Brasil escolhendo as cidades disponíveis. Em seguida, o Ministério da Saúde abriu prazo para que os brasileiros formados no exterior e estrangeiros, também, participassem da iniciativa. Ao todo, 10.205 profissionais completaram a inscrição. O prazo para o envio da documentação dos profissionais encerrou em dezembro de 2018 e estão em análise pela pasta.

O programa Mais Médicos foi criado em 2013, no governo de Dilma Rousseff. Ampliou a assistência na atenção básica, fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. O programa conta com 18.240 vagas, em mais de 4 mil municípios e 34 DSEIs. Cerca de 63 milhões de brasileiros são atendidos quando todas as vagas estão preenchidas. Ao final da cooperação com a Opas, muitas cidades ficarem totalmente desassistidas.