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Relembre o roubo da privada de ouro avaliada em mais de R$ 30 milhões

Obra de arte funcional feita em ouro maciço foi levada em assalto audacioso; três homens foram condenados mais de cinco anos após o crime

Hannah Franco | Especial em OLiberal
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Um dos furtos mais inusitados e comentados do mundo da arte voltou aos holofotes nesta semana. O caso da privada de ouro avaliada em cerca de US$ 6 milhões (R$ 32 milhões, na cotação atual) roubada do Palácio de Blenheim, no Reino Unido, em setembro de 2019, teve novos desdobramentos com a condenação de três homens acusados de envolvimento no crime.

A peça, batizada de “América”, era uma obra do artista conceitual italiano Maurizio Cattelan e estava exposta como parte de uma instalação artística na mansão do século 18, em Oxfordshire, sudeste da Inglaterra. Além de ser feita de ouro maciço, o vaso sanitário era funcional e havia sido conectado à tubulação do palácio, o que causou inclusive um grande alagamento quando foi arrancado.

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No dia 14 de setembro de 2019, por volta das 4h da manhã, Eleanor Paice, funcionária do palácio, acordou com o som de vidro quebrando. Moradora de um dos apartamentos funcionais do local, ela relatou, em entrevista à BBC, que, ao ouvir o alarme de incêndio soar, correu para o pátio central sem saber que estava diante dos instantes finais de um crime audacioso.

Cinco homens invadiram o palácio e retiraram a obra em poucos minutos. Eles fugiram em um carro modelo Volkswagen Golf, que havia sido roubado anteriormente. A privada estava em exibição havia apenas dois dias antes do furto.

Justiça condena envolvidos

Agora, mais de cinco anos depois, três dos acusados foram oficialmente condenados pela Justiça britânica: James Sheen, de 40 anos, residente de Oxford, confessou participação no roubo e na transferência de bens obtidos ilegalmente; Michael Jones, de 39 anos, também de Oxford, foi considerado culpado de roubo pelo Tribunal da Coroa de Oxford; e Fred Doe, de 36 anos, morador de Windsor, foi condenado por associação criminosa para a transferência da propriedade roubada.

Outro suspeito, Bora Guccuk, de 41 anos, do oeste de Londres, foi inocentado das acusações.

Crime que virou manchete mundial

A obra de Cattelan foi emprestada à exibição com um valor artístico, mas sua composição, de ouro maciço, já chamava atenção por si só. Segundo especialistas, o material já valia cerca de 2,8 milhões de libras esterlinas (R$ 21,4 milhões), o que aumentou ainda mais o interesse dos criminosos.

O furto chamou atenção global, virou meme nas redes sociais e rendeu manchetes recheadas de trocadilhos. Apesar da condenação dos envolvidos, o destino da privada de ouro permanece um mistério. As autoridades não informaram se a peça foi recuperada e há suspeitas de que tenha sido derretida e vendida em partes.

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