Presidente da Ucrânia faz apelo dramático à Europa: 'Provem que estão do nosso lado'; veja
'Sem vocês, a Ucrânia estará sozinha. Provem que não vão nos abandonar", disse Zelensky ao Parlamento Europeu por vídeo
Em discurso por videoconferência no Parlamento Europeu nesta terça-feira (1º), o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, lançou um dramático apelo à União Europeia (UE), pedindo que prove que está com os ucranianos, diante da ampla ofensiva militar lançada pela Rússia contra seu país.
Na mesma sessão plenária, os líderes europeus acusaram a Rússia de "terrorismo geopolítico" e advertiram que o destino da Europa está "em jogo" pela invasão da Ucrânia.
Processo lento de adesão
A União Europeia está sob forte pressão para conceder proteção à Ucrânia. Tradicionalmente, porém, o processo de adesão ao bloco implica vários anos, em alguns casos quase uma década, de negociações e reformas internas.
Macedônia do Norte, Sérvia, Montenegro e Albânia aguardam, pacientemente, para serem aceitos na UE. A Turquia é candidata desde o final da década de 1980, negociações estas praticamente congeladas desde 2016.
Na segunda-feira, Zelensky assinou o pedido formal de adesão da Ucrânia à UE, mediante um "procedimento especial".
Em um projeto de resolução que circulou durante o dia no Parlamento Europeu, os legisladores expressam seu apoio à concessão à Ucrânia do "status" de "país candidato" à adesão. Já uma filiação plena se antecipa como algo mais difícil de se aprovar.
Em seu discurso ao Parlamento Europeu nesta terça-feira, Michel disse que é responsabilidade dos europeus "estar à altura do momento. E sabemos que é um assunto difícil, porque tem a ver com a ampliação [da UE], e sabemos que há diferentes opiniões".
A Comissão Europeia, disse Michel, deve estudar a situação e dar um parecer, já que o Conselho terá de analisar "seriamente o pedido simbólico, político, forte e legítimo".
Tanto Michel quanto Von der Leyen mencionaram em seus discursos que as pesadas sanções adotadas pelo bloco contra autoridades e empresas russas também terão efeitos na Europa.
"Precisamos ser honestos (...) essas sanções terão um custo para nós e devemos assumi-lo, porque nossos valores estão em jogo", frisou Michel.
Von der Leyen também destacou que "as sanções terão um custo para a nossa economia (...) Sim, proteger a nossa liberdade tem um preço. Mas este é um momento decisivo. E este é o preço que estamos dispostos a pagar pagar".