Milícias invadem hospital e tentam raptar bebê nascida nos escombros de terremoto na Síria

A última tentativa foi por homens armados que invadiram o Hospital Cihan, onde a bebê permanece internada, na cidade de Afrin

Luciana Carvalho
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Uma bebê que nasceu sob os escombros e perdeu toda a família durante os terremotos na província de Aleppo, no noroeste da Síria, sofreu três tentativas de sequestro por milícias armadas nas últimas 48 horas. As informações são do Observatório Sírio de Direitos Humanos, a pequena Aya.

A pequena Aya nasceu sob os escombros após o terremoto da semana passada que destruiu o prédio onde a família dela morava no norte da Síria. Segundo as equipes de resgate, a mãe de Aya morreu sob os escombros logo após o parto. O pai e quatro irmãos da menina também perderam a vida no desastre. Veja o momento em que a bebê é resgatada:

 

Segundo a ONG, os milicianos tentaram raptar a bebê por conta da oferta "milhões de dólares" feita por várias organizações para adotá-la. A última tentativa foi por homens armados que invadiram o Hospital Cihan, onde a bebê permanece internada, na cidade de Afrin. Eles agrediram médicos e enfermeiros com a intenção de levar a menina à força. Aya recebeu seu nome da equipe do hospital.

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O observatório afirmou ainda que os invasores pertenciam à milícia turca Brigada Sultão Murad, que atua na região, e acrescentou que pretendiam entregar Aya a pessoas ligadas ao governo sírio "em troca de altíssimas somas de dinheiro".

Os milicianos atacaram o diretor do hospital, Khalid Attiah, e a equipe dele. "Minha saúde está bem, e a criança está segura, a saúde dela está perfeita", afirmou o médico à agência de notícias alemã DPA. Segundo o diretor, a criança não foi entregue a ninguém, nem adotada. "Ela está agora no hospital, e seu assunto está nas mãos do Judiciário e do Ministério Público". Ela sendo amamentada pela esposa dele - com quem tem uma filha de quatro meses e um filho de três anos

O grupo de direitos humanos disse que vários oficiais do governo sírio se passando como executivos de Damasco tentaram adotá-la sob o nome de uma organização de caridade. Segundo o grupo, descobriu-se que a entidade filantrópica é afiliada a Asma al-Assad, esposa do presidente sírio, Bashar al-Assad.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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